sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A começar pela presença da Mãe do Salvador




Queridos amigos e amigas,

Muitos de nós, com certeza, ao término deste ano, nos abraçaremos e desejaremos, uns aos outros, prosperidade e realizações ao longo do ano vindouro. Entretanto, esperamos, também, que este abraço se estenda pelos quatro cantos da terra de modo que, ao menos por dois dias, até mesmo alguns conflitos internos e externos, civis ou religiosos que atordoaram algumas nações, ao longo deste ano, sejam interrompidos para que toda a humanidade possa se congregar, tanto na chegada do novo ano quanto nas festividades que a precederão.

Desde o ano de 1968, quando, por iniciativa do Papa Paulo VI, vários países adotaram o dia 1º de janeiro como o dia mundial da Confraternização Universal, o mundo é convidado a tomar consciência de que questões ligadas à nossa existência – como, por exemplo, religiosas e políticas – devem valorizar a vida não tentar suprimi-la. Com efeito, as palavras tolerância e respeito, neste caso, devem preceder à limitação humana para todos nos respeitarmos e, por assim dizer, con-fraternizarmos, isto é, vivermos como irmãos.

Assim sendo, simultaneamente ao dia da Confraternização Universal, várias denominações religiosas ou místicas guardam o primeiro dia do ano para ritualizarem as suas crenças, ou seja, para entrarem em contato com os seus referenciais por meio de um rito. Igualmente, todos os cristãos católicos são convidados a se alegrarem por celebrarem um momento sublime: a Solenidade litúrgica de Santa Maria, Mãe de Deus.   

O tempo litúrgico natalino, que se inicia com a Solenidade do Natal e se prolonga até a Festa do Batismo do Senhor, reserva o primeiro dia do ano civil à meditação sobre a maternidade de Maria a fim de que estejamos cada vez mais cientes de que a presença divina de Jesus no meio da humanidade não escapou em nada os moldes comuns aos seres humanos: de Maria nasceu Jesus que, em momento algum, utilizou a sua condição divina para se sobressair sobre os demais humanos; ao contrário, obedeceu a todas as leis terrenas até chegar à morte e morte de cruz (Cf. Fl 2,5-8).

E, de fato, para nós católicos, parece não haver melhor opção para vivermos o dia da Confraternização Universal do que ao lado de Maria por se tratar de uma Mulher-exemplo para que o Verbo que se fez carne habitasse no meio da humanidade (Cf. Jo 1,14) fazendo o bem, respeitando a todos os povos, anunciando-lhes a salvação e a libertação dos oprimidos (Cf. Lc 4,18). Ao mesmo tempo em que anunciamos o nascimento e, consequentemente, a permanência de Jesus no meio de nós, celebramos com júbilo a divina maternidade de Maria.

Portanto, como autênticos seguidores de Cristo, rendamos graças ao Pai pela oportunidade a nós concedida da vida ao longo deste ano que vai se encerrando e, por meio de Maria, peçamos mais respeito e mais paz para o mundo inteiro, confiantes que estes pedidos se convertam em realizações no próspero 2013, a começar pela presença da Mãe do Salvador.

Seminarista Rodrigo Artur

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