sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

PALMADA EDUCATIVA, SIM! VIOLÊNCIA, NÃO.

No dia da Sagrada Família, modelo de educação cristã, a equipe editorial de nosso blog apresenta este artigo do senhor Ladislau Ireno, renomado catequista da Paróquia de São Sebastião, para um aprofundamento e reflexão sobre a temática atual da educação dos filhos. Leia com atenção e se posicione no nosso mural de recados ao lado.



O projeto de Lei 2654/2003, em tramitação no Congresso, tem sido objeto de controvérsias e polêmicas. O Estado de Minas de 19, 22 e 25/12/2011, na página “Opinião”, publicou uns artigos bastante oportunos: do psicólogo e professor universitário Breno Rosostolato; da psicóloga, e mestra em educação da Universidade Federal. do Ceará, Vivina do C. Rios Balbino; e do escritor Percival Puggina, respectivamente, sem falar de tantos outros publicados por esse nosso Brasil afora, na mesma linha de pensamento, todos questionando a Lei acima citada e, que deveriam ser lidos e levados em consideração pelos nossos congressistas. Artigos que expressam com fidelidade a opinião e o sentimento da maioria do povo brasileiro. Ao aprovar a referida Lei, de forma mais emocional que racional, sem considerar a realidade que vivemos, estará sendo armada uma bomba com efeito retardado, cujas consequências são imprevisíveis. Ao mesmo tempo nossos representantes estarão assinando um atestado de insensibilidade quanto às nossas realidades, criando situações piores para o futuro. É preciso repensar o projeto, de forma que seja respeitado o sagrado poder da autoridade dos pais, que conhecem bem seus filhos, e, que devem ter seus direitos respeitados quanto à forma de educá-los. Pois, quem os traz ao mundo, tem a obrigação de lhes dar o pão, a educação, se necessário, corrigi-los com severidade, dependendo da gravidade do erro cometido. E ao Estado cabe a obrigação de ampará-los e orientá-los, sem tirar-lhes os direitos do poder pátrio. Palmadas, sim! Porém educativas, com diálogo, sem gritos, xingos ou rancor, com amor. Gosto muito das recomendações de São Paulo aos Efésios, 6,1-4: - “Filhos, obedecei a seus pais no Senhor, pois isso é justo. Honre seu pai e sua mãe... Pais, não dêem aos filhos motivo de revolta contra vocês. Criem os filhos, educando-os como quer o Senhor.” – Não existe uma regra geral aplicável à educação dos filhos. Cada pessoa que nasce é única e diferente. Quando um casal recebe um filho, é uma pedra preciosa que Deus está lhe confiando. Porém, é como se fosso um diamante bruto a ser trabalhado, lapidado. E isso se faz com cuidado, carinho e amor para não estragar a pedra. E cada pedra é diferente, e requer conhecimento para ser trabalhada. A melhor escola para educar é a família, o lar. E os primeiros e mais importantes professores devem ser os pais. Mas, infelizmente, a ignorância de muitos pais é uma das principais causas de graves erros na educação dos filhos. Além dos maus exemplos, apelam para a exasperação, à violência, acabando por levá-los ao desânimo e a outros problemas. Claro que isso não se aplica a todos os casos, pois existem filhos, que apesar da boa educação e do carinho recebidos de seus pais, optam por outros caminhos. Mas muitas pessoas não se preparam para a nobre missão de pais. Quando digo, não se preparam, não quero dizer ter alta cultura, intelectualidade. Mas ter vocação, equilíbrio emocional, bom senso. E, dentro das possibilidades, o mínimo de conhecimento para atender aos filhos, na medida em que as diversas faixas de idade vão se sucedendo. O mundo de hoje tem mais armadilhas que o de ontem. Devemos estruturá-los com uma boa educação, para fazerem frente a essa situação. As plantas novas, quando ajudadas com carinho, crescem melhor e dão bons frutos. Nossos filhos são plantas novas de Deus no jardim de nossos lares, aos nossos cuidados. Muitas vezes, temos que usar de energia e firmeza. Mas, tudo o que fizermos para educá-los bem, seja regado com AMOR, para que se tornem aqui na terra, bons cidadãos do Céu. Para terminar: Há países perdendo sua identidade, desaparecendo mesmo, devido o baixo índice da natalidade. Se a Lei acima for aprovada na sua forma radical, nossas famílias não vão querer ter filhos, pois temerão que eles as denunciem por qualquer coisa, como acontece em regimes radicais, fanáticos e autoritários. E o que será da nossa Nação? Senhores congressistas, pensem bem nisso. Pensem no Brasil. Que Deus nos ajude. Feliz Natal! Ótimo 2012.  
Ladislau Ireno Filho – Barbacena -MG

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A COMEÇAR PELA PRESENÇA DA MÃE DO SALVADOR






Queridos amigos,
Muitos de nós, com certeza, ao término deste ano, nos abraçaremos e desejaremos, uns aos outros, prosperidade e realizações ao longo do ano que vai chegar. Entretanto, o nosso desejo deve ser, também, de que este abraço se estenda pelos quatro cantos da terra para que toda a humanidade possa se congregar, tanto na chegada do novo ano quanto nas festividades que a precederão e assim vivermos a contínua proposta de várias nações do mundo para o primeiro dia de cada ano civil.
Desde o ano de 1968, quando vários países adotaram a iniciativa do Papa Paulo VI de fazer do dia 1º de janeiro o dia mundial da Confraternização Universal, o mundo é convidado a tomar consciência de que questões ligadas à nossa existência concreta – como, por exemplo, religiosas e sócio-políticas – devem valorizar a vida não tentar suprimi-la. Afinal, como seria bom se alguns assuntos que atordoam nações, ao longo da história, provocando até mesmo a morte de pessoas inocentes, passassem da perspectiva do conflito à perspectiva do diálogo, levando em conta a valorização e o resgate da vida humana! Con-vivência e con-fraternização são palavras que, nestes casos, devem ser levadas a cabo, no sentido literal, para que sejamos cada vez mais cientes de que todos somos dependentes uns dos outros e, por isso, devemos nos respeitar.


E é exatamente em virtude do respeito à vida e à opção alheia que, simultaneamente ao dia da Confraternização Universal, várias denominações religiosas ou místicas guardam o dia primeiro do ano para ritualizarem as suas crenças, ou seja, para entrarem em contato com os seus referenciais por meio de um rito. Igualmente, todos os cristãos católicos são convidados a se alegrarem com a celebração da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus.   
O tempo litúrgico natalino, que se inicia com a Solenidade da noite de Natal e se prolonga até a Festa do Batismo do Senhor, reserva o primeiro dia do ano civil à meditação sobre a maternidade de Maria a fim de que reflitamos sobre aquela que disse sim ao projeto do Pai (Cf. Lc 1,38) e, por obra e graça do Espírito Santo (Mt 1, 20), deu ao mundo a luz eterna, Jesus Cristo, que, em momento algum, utilizou a sua condição divina para se sobressair sobre os demais seres humanos; ao contrário, obedeceu a todas as leis terrenas até chegar à morte e morte de cruz (Cf. Fl 2, 5-8).
E, de fato, para nós católicos, parece não haver melhor opção para vivermos o dia da Confraternização Universal do que ao lado de Maria por se tratar da Mulher-exemplo através da qual Jesus, o Verbo que se fez carne, habitasse no meio da humanidade (Cf. Jo 1, 14) fazendo o bem, respeitando a todos os povos, anunciando-lhes a salvação e a libertação dos oprimidos (Cf. Is 52,7). Ao mesmo tempo em que anunciamos o nascimento e, consequentemente, a permanência de Jesus no meio de nós, celebramos com júbilo a divina maternidade de Maria, logo no primeiro dia do ano.
Portanto, como autênticos seguidores de Cristo, rendamos graças ao Pai pela oportunidade a nós concedida de viver ao longo deste ano que vai se encerrando e, por meio de Maria, peçamos mais respeito e mais paz para o mundo inteiro, confiantes que estes pedidos se converterão em realizações no próspero 2012, a começar pela presença da Mãe do Salvador.


Seminarista Rodrigo Artur

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Encerramento da Novena de Natal da Comunidade de São Domingos

Foi com muita alegria que a Comunidade de São Domingos de Gusmão encerrou a Novena de Natal com uma releitura do Evangelho de São Lucas e Mateus, representado por jovens da Comunidade. Foi possível perceber no olhar das pessoas ali presente, o encanto do Natal apresentado pelos adolescentes, acreditando que o nascimento do Menino Jesus deve acontecer diariamente em nossos corações, com alegria, amor e esperança.








































Encerramento da Novena e Auto de Natal

                                                                                  


Foi com muita alegria que a nossa Paróquia de São Sebastião recebeu as comunidades para o encerramento da novena de Natal cujo tema refletido esse ano foi: “Comunidade Missionária”, tendo como referência o Projeto Arquidiocesano de Evangelização(PAE).








Durante estes nove dias fomos percebendo o quão importante é servir à comunidade , convidando a todos a fazer parte da vinha do Senhor, pois,:”A messe é grande e são poucos os operários”.



















Dia 23 de dezembro já ficou marcado como tradição o Auto de Natal “do São Sebastião”.  Em sua segunda edição – a primeira foi em 2010 – o Setor Juventude da Paróquia de São Sebastião trouxe uma proposta diferente para este ano, a começar pela montagem do palco, que ficou centralizado na nave principal da Matriz.












Sob a direção do professor Manuel , jovens da paróquia cantaram e encenaram os sentimentos que nos acometem nesta época do ano: dor, alegria, tristeza, esperança, dúvidas, amor, paz.  Entre músicas e danças, mostraram que o verdadeiro espírito de Natal está na simplicidade, no respeito, na forma de olharmos o lado bom da vida. Numa igreja repleta de crianças e adultos, viu-se o Anjo ser não só o anunciador da Boa Nova, mas também aquele que nos ajuda a levantar nos momentos de queda. Viu-se Maria trazer seu Filho, o Menino Jesus, para ser a alegria das pessoas que se encontram na solidão. Viu-se José ser o homem de coragem, que constrói o caminho, apóia a esposa e acolhe seu Filho.










Foi um momento muito especial, onde foi falado sobre as trevas, a luz, a liberdade e o amor, e nos ensinou que existe um caminho cheio de obstáculos em nossa vida e devemos erguer a cabeça e seguir em frente pois existe uma luz que brilha muito forte em nossos corações e é com a ajuda dela que aprendemos a cultivar o amor, a paz, e a escolha de um caminho livre. O nome dessa luz é JESUS pois ele mesmo diz: "Eu sou a luz do mundo,quem me segue não andará nas trevas,mas terá a luz da vida.”

Que o menino Deus possa estar presente em cada coração que celebra sua chegada todos os dias.











terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Era uma vez um sorriso...

Era uma vez um sorriso que, isolado e só, morava num quartinho, sem nunca sair de casa. Mas, num certo dia resolveu dar uma saída, para conhecer pessoas e com elas conversar. E percebeu, depois de algum tempo, que todas pareciam tristes: Corriam para cá e para lá, sem se importarem umas com as outras. Começou a ficar triste também e a perder seu sorriso. De repente, notou que alguém vinha em sua direção. Olhou bem, e viu que era uma moradora de rua, uma catadora de coisas, que dele se aproximou cantarolando, e sempre sorrindo o cumprimentou: Olá, como vai? O dia está belo não acha? - O sorriso, intrigado, perguntou: - Porque você, sendo tão pobre, se mostra tão feliz, cantarola e cumprimenta a todos, mesmo sem eles corresponderem? - A catadora de coisas respondeu: - Ora, quando eu percorro as ruas para o meu serviço, vejo as pessoas, embora bem vestidas e bonitas, tristes e frustradas, incomunicáveis umas com as outras, andando apressadamente para todos os lados, parecendo robôs, sem sensibilidade. E ao perceber isso, sinto pena delas. Então, resolvo exercitar as maiores riquezas que Deus me deu: O sorriso, o otimismo e a esperança, certa de que com esses dons a gente pode tornar o mundo melhor. Suavizar o peso da minha cruz e as deles também. Bom, pelo menos tento fazer a minha parte! – O sorriso que nunca saía de casa, ao ouvir aquelas palavras, não se conteve, e perguntou: - Posso me juntar a você? – Sim, pode! Respondeu a moradora de rua. – E o sorriso concluiu: Descobri que os dons que Deus nos dá, não podem ficar escondidos no nosso pequeno mundo, num quartinho do nosso coração. Que a gente deve colocá-los á serviço dos outros, para tornar o mundo melhor, tentando contagiar a todos com o que de melhor a gente tem. -E juntando-se, deram ás mãos. E lá se foram: Moradora de rua e Sorriso, cantarolando e a todos cumprimentando, tentando contagia-los com seu otimismo, com seu sorriso. Para terminar: Onde está o seu sorriso? Fechado no quartinho do pequeno mundo do seu coração?
Neste Natal, abra o seu coração e compartilha um sorriso de otimismo com seu irmão. Feliz Natal! Ótimo Ano Novo.

Ladislau Ireno Filho

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

OBRIGADO, SENHOR!



No último dia 10, aconteceu na cidade de Mariana, às 20 horas, no Espaço “Dom Oscar de Oliveira”, auditório da Faculdade Arquidiocesana de Mariana (FAM) “Dom Luciano Mendes de Almeida”, a sessão solene de colação de grau que marcou a conclusão de curso de oito novos Bacharéis em Filosofia, dentre os quais o seminarista de nossa Paróquia, Rodrigo Artur Medeiros da Silva.
Na Missa em Ação de Graças, que precedeu o ato solene, ocorrida às 18 horas, na Igreja de São Pedro, também em Mariana, o Arcebispo Metropolitano de Mariana e Magnífico Reitor da FAM, Dom Geraldo Lyrio Rocha, ressaltou, dentre outras coisas, a importância do momento que estava sendo vivido pelos novos bacharéis, além do compromisso que os mesmos deveriam, daquele momento em diante, assumir de serem sal e luz (Mt 5, 13-16) na sociedade, principalmente, em relação às pessoas carentes de valores ético-cristãos: “assim como salgamos um alimento na medida certa para que o mesmo não fique com um sabor desprazeroso, vocês devem agir na sociedade mostrando-lhe, sobretudo, os contra-valores que a mesma nos impõe”. E ainda, continuou Dom Geraldo: “que vocês, agora amigos da sabedoria (filósofos), sejam suficientemente sábios para transmitirem os verdadeiros valores de que a sociedade tanto necessita”.
Na ocasião, também estiveram presentes – representando toda a paróquia de São Sebastião – os jovens Amanda Teixeira e Bruno Santos, a professora Débora Ireno, além do nosso pároco, Pe. Mauro Lúcio, que destacou, entre outros pontos, o clima sóbrio do evento: “ocorreu de acordo com o que penso para o momento”, ressaltou Pe. Mauro.
Já o seminarista Rodrigo Artur, bastante emocionado, fez questão de ressaltar o que para ele significou os últimos três anos acadêmicos vividos, bem como a sua esperança para os próximos quatro anos: “‘Mil e noventa e cinco dias – vinte e seis mil, duzentas e oitenta horas.’ Com estas palavras iniciei o discurso que dirigi, em nome de nossa turma, a todos os presentes, dizendo-lhes com exatidão sobre o tempo que passamos pela etapa da filosofia. Vivi momentos bons, cheios de percalços, mas, com certeza, repletos de alegrias também. Todo o cansaço acumulado ao longo dos três últimos anos, hoje, com certeza, se transforma em felicidade partilhada com os meus familiares e amigos que viveram comigo um dos momentos mais belos e felizes da minha vida: mais esta vitória”.
“Agora, se eu pudesse, continuou o seminarista Rodrigo, diria em números decompostos – assim como fiz no discurso de filosofia – o exato tempo que me resta para que, se Deus quiser, eu termine os meus estudos e, por assim dizer, responda, com a vida, o chamado que, acredito, Ele me fez. Mas como isso ainda não é possível devido à emoção que sinto, digo apenas obrigado pelos anos que se passaram e que venham os próximos; que o que eu tentei justificar pela razão na Filosofia, eu possa tentar, com o mesmo entusiasmo, justificar pela fé na Teologia”.
Em todos os anos, o final do período letivo do Seminário Arquidiocesano de Mariana, na etapa da filosofia, coincide, praticamente, com o ato solene de colação de grau dos concluintes do curso da Faculdade Arquidiocesana de Mariana. A Faculdade corresponde a apenas uma das dimensões formativas do Seminário de Mariana, qual seja, a dimensão acadêmica. Assim sendo, o ano letivo do Seminário encerrou-se no último dia 13 com a aprovação de quatro seminaristas – dentre estes o seminarista Rodrigo – para o início do curso de Teologia marcado para o próximo dia 1º de fevereiro. Por todas as vocações geradas na Igreja, obrigado, Senhor!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O MENINO JESUS E O PAPAI NOEL




Dom Eduardo Koaik

Bispo Emérito de Piracicaba - SP

Em tempos passados não muito distantes, Papai Noel esteve sempre relacionado ao Menino Jesus. Nos dias atuais, infelizmente, andam separados. Por toda parte onde o velhinho aparece, o Aniversariante da festa não é lembrado, mas posto fora da cena.
Sacoleiro errante, demonstrando preferências por crianças ricas, é a maneira como geralmente se apresenta. Perdeu-se no tempo sua figura original de mensageiro do Menino Jesus. Conformou-se passar por “Velho Propaganda” do consumismo, seu novo emprego. Nada mais do que um assalariado sazonal.
Colado em paredes e portas de lojas comerciais, pendurado em árvores de Natal psicodélicas, caminhando sem destino pelas ruas da cidade, o que pode significar sua imagem? Para alguns, talvez, lembre aquela felicidade nostálgica dos anos que não voltam mais. Para outros, pode representar momentos de fuga de uma vida sofrida e mergulhada em lutas sem fim. Para outros, ainda, será uma figura lendária que aparece todo fim de ano trazendo ilusões.
Pelas ondas do rádio, exibe uma voz atraente e acolhedora e, nas telas da TV, abraça e beija crianças. Viaja na internet com o nome de Santa Claus, a trazer presentes virtuais... Mas, de fato, esse Papai Noel moderno só pensa numa coisa e só trabalha por uma causa: vender, vender e sempre mais vender. Vende e dá muitos presentes. Quando vende, explora quem tem e quem não tem. Quando dá presentes para quem tem, só presentes novos e caros. Para quem não tem, presentes usados. Alheio ao sofrimento dos outros, nunca é visto chorando, mas sempre sorridente.
Na calada da noite, durante o sono das crianças, entra de mansinho nas moradias, ora descendo por chaminés, ora pulando pelas sacadas das janelas, sempre fantasiosamente esperado.
É um trabalho menos árduo do que caminhar pelas favelas. Não é hábito seu ir aonde as crianças não colocam o par de sapatinhos ao pé da cama, lá onde andam descalças e dormem no chão.
Tenho saudades do Papai Noel da “aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais...”. Aquele velhinho corado, barbas brancas, faces iluminadas de carinho, sorriso aberto e braços ainda mais abertos, aparentemente parecido com esse Papai Noel de hoje. Na realidade, um bem diferente do outro.
Vinha ele, o da minha infância querida, carregado de presentes para o Menino Jesus do Presépio lá de casa distribuí-los aos grandes e pequenos e à família da empregada que passava esse dia da fraternidade conosco. Sim, era o Menino Jesus quem repartia os presentes. Costume que ainda perdura em algumas famílias, Papai Noel traz presentes e os entrega em nome do recém-nascido na manjedoura de Belém.
Revivia-se com tão expressivo gesto o pleno sentido da profecia de Isaías: “Um menino nasceu para nós” (9,5). Ele é o presente de Deus à humanidade, motivo maior de nossa confraternização, manifestada na troca de presentes nessa Noite Feliz e de Paz.
Lenda ou história, Papai Noel da minha infância querida lembrava também São Nicolau, lá do século VI, que, nas noites de Natal, percorria as moradas dos pobres, repartindo com eles as doações dos fiéis em homenagem ao Pobrezinho que nasceu em Belém.
Haverá quem nasça mais pobremente? Escreve o Apóstolo Paulo aos Filipenses, que o Filho de Deus não se apegou de modo ciumento à sua condição divina, mas, “esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana” (Fl 2, 6-7). Sua presença no meio de nós, nossa maior riqueza, foi a graça que recebemos de nos tornarmos filhos do mesmo Pai que fez de todos nós irmãos do seu Filho (Jo 1,16).
Nasceu pobremente – no sentido real da expressão – ao relento, “do lado de fora da casa, pois dentro não havia lugar para ele”. Sua Mãe “envolveu-o em faixas e reclinou-o na manjedoura de animais”, seu primeiro berço. Na predição de Isaías, é chamado de “Emanuel” (Deus-conosco) e, na voz do Anjo aos pastores de Belém, proclamado o Salvador. Só conheceu dois tronos: a Manjedoura e a Cruz. Ao perpetuar-nos sua memória na Eucaristia, transformou-os na mesa da Ceia.
Na sociedade consumista, o símbolo mais evocativo do Natal é o Papai Noel sequestrado pelas forças do poder econômico que urge delas libertá-lo. Desejamos que volte a ser mensageiro da Boa-Nova anunciada a uma Virgem de Nazaré chamada Maria: “Eis que darás à luz um filho e o chamarás Jesus”, bem como anunciada aos pastores que guardavam o rebanho nos campos de Belém: “Nasceu-nos hoje um Salvador”. Festejar o Natal ignorando o Aniversariante da festa, eis a mais triste alienação.
Papai Noel dos tempos da internet está com outra identidade. Não é mais aquele. Não sabe mais que, um dia, sua missão foi parecida, também, com a de João Batista, o precursor. Ele “não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz” (Jo 1,27). Aos contemporâneos, alertou com severa advertência totalmente válida após dois mil anos: “No meio de vós está alguém que não conheceis” (Jo 1,26).
A alegria do Natal seria mais completa se Papai Noel testemunhasse como João Batista, a respeito do Menino Jesus, o Aniversariante: “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30).

Vaticano confirma data da visita do Papa Bento XVI ao Rio



O Vaticano confirmou hoje, 13 de dezembro, a data da visita do Papa Bento XVI ao Rio de Janeiro: será entre os dias 23 e

 28 de julho de 2013, por ocasião da realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013, que reunirá jovens de todo o mundo na cidade maravilhosa. A data oficial foi decidida durante a reunião entre o Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), que é o Comitê Organizador Central da Jornada, e a comissão do Comitê Organizador Local (COL) do Rio, que está em Roma desde ontem.

Estão participando pelo COL o presidente da comissão e arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta, os dois bispos auxiliares que acompanham mais diretamente a Jornada, dom Antônio Augusto Dias Duarte e dom Paulo Cezar Costa, monsenhor Joel Portella Amado, da coordenação geral, e os padres Márcio Queiroz, responsável pela Comunicação, e Renato Martins, responsável pelos Atos Centrais.

Entre as questões estão sendo tratadas está também a escolha da logomarca da JMJ Rio2013. Um concurso foi realizado para a escolha do símbolo oficial e mobilizou pessoas de todo o Brasil e de outros países que enviaram seus trabalhos ao COL. Os melhores desenhos foram selecionados e levados pela Comissão ao PCL, que escolheu a logo finalista. Segundo Dom Orani João Tempesta, em breve será anunciada a data para apresentação oficial da logo.

A comissão retorna ao Rio amanhã e está prevista uma reunião de todos os setores do Comitê para que seja apresentado o que foi ratificado e o que foi retificado do documento de trabalho do COL, que contem os projetos de cada setor.

JMJ 
A Jornada Mundial da Juventude é um encontro internacional de jovens para celebrar a mensagem de amor, paz e união pregada por Jesus Cristo. Idealizada pelo beato João Paulo II, o encontro dura aproximadamente uma semana. A última edição da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu cerca de dois milhões de jovens do mundo inteiro.
O Brasil já vive o clima da Jornada, com a peregrinação da Cruz dos jovens e do Ícone de Nossa Senhora no Brasil. Os símbolos da JMJ percorrerão todas as dioceses brasileiras e os países do Cone Sul em preparação para a JMJ Rio2013. Para acompanhar de perto o trajeto da cruz, a JMJ Rio2013 lançou o aplicativo “Siga a Cruz” para tablets,  Iphone e android. Também em preparação a este grandioso evento, está em andamento o Concurso para a escolha da letra do Hino da JMJ Rio2013 que, assim como a Logo, formam a identidade do evento.

Assessoria de Imprensa JMJ Rio2013
Jornalista Responsável: Rocélia Santos
Informações:             (21) 35496730      
E-mail: comunic@rio2013.com
www.rio2013.com

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

8 DE DEZEMBRO DE 2011 – IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA


Celebrar a Imaculada Conceição de Maria é bendizer a Deus, que a escolheu e agraciou com toda bênção do seu Espírito em virtude de sua união com Cristo (cf. Ef 1,3). Essa verdade de fé que hoje celebramos, já era celebrada no século XI, na Inglaterra e na Normandia, antes mesmo de ser proclamada como dogma pelo Papa Pio IX, em 1854.


Dentro das expectativas do Advento do Senhor, que nos prepara para celebrar o mistério do Verbo que se fez carne, a Igreja nos convida a contemplar Maria, como a primeira a gozar dos benefícios da redenção realizada por Jesus. Na saudação do Anjo – “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lc 1,28) – reconhecemos que Maria já estava envolvida pela graça de Deus, antes mesmo do anúncio de que ela seria a Mãe do Salvador da humanidade.


Assim afirma o Beato João Paulo II, em sua homilia em Aparecida: “Pelos méritos de seu Filho, é imaculada em sua Conceição, concebida sem a mancha do pecado original, preservada do pecado e cheia de graça”.

Deste modo, celebrarmos Maria como a Imaculada Conceição é reconhecê-la como a escolhida do Pai, para que fosse, em Cristo, santa e irrepreensível diante dele no amor

(cf. Ef 1,4). Maria soube ao longo de sua vida corresponder a essa graça pela fé obediente, fazendo-se serva praticante da Palavra de Deus. Neste sentido, pode-se aplicar a Maria a sentença divina ao tentador: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua descendência e a sua; ela te esmagará a cabeça” (Gn 3,15).

Portanto, assim como Eva foi a mãe de todos os viventes, Maria como a “nova Eva” é a mãe de todos os redimidos em Cristo, pela sua obediência na fé. Pelo exemplo de Maria, vivamos a obediência na fé, como escolhidos para sermos santos e irrepreensíveis no amor diante de Deus, vivendo para o louvor de sua glória (cf. Ef 1,4.12).

Padre Danival Coelho

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Está chegando a Festa de São Sebastião



A Paróquia de São Sebastião já está em clima de festa. Já estamos vivenciando os preparativos para a realização da Festa de nosso padroeiro em 2012. Uma intensa programação deseja reunir todos os devotos de nosso padroeiro para pedir-lhe sua intercessão. Nossa família paroquial se alegra, como Igreja, por esta oportunidade de nos reunirmos para celebrar como Povo de Deus, comunidade eclesial, a nossa fé. Todos são convidados a se unirem conosco nesta grande festividade em honra ao mártir São Sebastião. Desejamos fazer de nossa festa um momento oportuno do encontro, da partilha, bem como uma ocasião especial para alimentar o nosso entusiasmo e vigor missionários. Queremos reafirmar nossa identidade: “Somos Igreja, Comunidade de vida e amor em Missão”. Como pano de fundo dessa grande festa está o nosso Projeto Arquidiocesano de Evangelização, que em comunhão com a Igreja no Brasil e no Mundo, propõe-se aprofundar o nosso compromisso missionário de irmos ao encontro dos afastados. A abertura dos festejos se dará no dia 08 de janeiro, a partir das 18h, com uma carreata saindo da Matriz de São Sebastião e percorrendo algumas ruas de nossa Paróquia, conforme consta no folder.  Não deixe de participar. Você é nosso convidado especial. A seguir, fique informado de toda a programação.


Está tudo pronto!



Com certeza nossa casa já deve estar arrumada para o Natal, com muitos enfeites e presentes rodeando a árvore, não é mesmo?

E o nosso coração como está? Você já organizou em sua rua famílias para participar da Novena de Natal? Você já percebeu com foi tão carinhosamente preparado cada encontro? Este ano contemplando o Projeto Arquidiocesano de Evangelização, o tema escolhido é: Comunidade Missionária. “O apelo é forte e urgente: Somos chamados a viver o discipulado, no segmento de Jesus Cristo, sendo comunidade de comunidades e em estado permanente de missão.”

Convide seus amigos, vizinhos e familiares para participarem desta preparação para o Natal do Menino Jesus, e no dia 23 de dezembro às 19horas a Matriz de São Sebastião quer receber todas as comunidades para encerramos juntos este momento tão especial, com um Auto de Natal preparado pelos jovens.

Venham todos participarem, vocês são especiais para nós!

Feliz Natal e abençoado 2012!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tempo do Advento


O senhor vem ao nosso encontro! Com essa firmeza espiritual iniciamos o tempo do advento.

Modelados pela liturgia da Palavra, nos colocamos nas mãos de Deus, como o barro nas mãos do oleiro ( Cf.Is 64). O barro deixa de ser barro e se torna uma peça artesanal quando permite modelar-se pelas mãos do artista. Caso não haja essa permissão, sua existência fica fragilizada. A modelagem prolonga os seus dias, e lhe dá um lugar mais seguro, uma casa, uma sala ou coisa similar. Esse é o destino do barro que se aventura ser modelo pelo artista. Sua vida, cor, consistência são transformadas. Seu valor é multiplicado, mas continua barro. Ele agora é um ser aperfeiçoado pelo amor que o artista tem pelo seu trabalho.

Esta metáfora nos ajuda a viver bem o período do Advento. Deus é o oleiro e nós somos o barro. Trazemos em nós a possibilidade de sermos modelados, transformados pela Encarnação de Jesus. Ser modelado é uma necessidade constante em nossa vida. As imperfeições não sinalizam nosso fracasso, ao contrário, apontam o quanto podemos crescer. O cristão é como o barro: carrega em si grandes possibilidades, e, para atingi-las faz-se necessário abandonar-se nas mãos do Criador, O artista do universo. Ele é quem dá o acabamento; quem nos ajuda a atingir a meta que trazemos em nosso ser.

Essa é a aventura mística do Advento: sermos melhores a cada dia, com o auxílio da Graça de Deus. Advento é: Tempo de assumirmos nossa possibilidade de crescimento, revendo nossa história, ações, pensamentos, projetos pessoais, ideologias e participação na vida social e eclesial. Uma pergunta pode nos ajudar: o que sou e faço é o que Deus espera de mim?. Reavaliar é sempre fonte de crescimento, modo de atingir a meta.

O Senhor não pode nos encontrar dormindo, desatentos, entretidos com nossas preocupações mesquinhas. Sua chegada deve ser o foco da nossa caminhada eclesial, nossa primeira preocupação: Como você está se preparando para a chegada do Menino-Deus? È comum enfeitarmos as fachadas das casas, montar o presépio, a árvore de natal e colocar uma guirlanda na porta. Aqui sugiro que comecemos a enfeitar a nossa casa de dentro para fora, do interior para o exterior, e, com essa mesma dinâmica adentrar em nosso ser. Nossa casa interior precisa ser modelada e ornada com a luz do perdão, do diálogo, do compromisso com a vida, da partilha, da solidariedade, da amizade, do afeto, dos valores evangélicos e éticos. Que vale arranjos externos, se internamente estamos feios, desarranjados?

Chame sua família e comecem a preparação para o natal a partir da organização da casa interior. Ao redor de mesa façam a seguinte pergunta: enquanto família, o que podemos fazer para que o Senhor não nos encontre dormindo, desatentos, distraídos? Esse é o primeiro passo para sermos modelados e transformados. Que o Senhor não nos encontre dormindo!

Padre Mauro Lúcio Carvalho.