quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A COMEÇAR PELA PRESENÇA DA MÃE DO SALVADOR






Queridos amigos,
Muitos de nós, com certeza, ao término deste ano, nos abraçaremos e desejaremos, uns aos outros, prosperidade e realizações ao longo do ano que vai chegar. Entretanto, o nosso desejo deve ser, também, de que este abraço se estenda pelos quatro cantos da terra para que toda a humanidade possa se congregar, tanto na chegada do novo ano quanto nas festividades que a precederão e assim vivermos a contínua proposta de várias nações do mundo para o primeiro dia de cada ano civil.
Desde o ano de 1968, quando vários países adotaram a iniciativa do Papa Paulo VI de fazer do dia 1º de janeiro o dia mundial da Confraternização Universal, o mundo é convidado a tomar consciência de que questões ligadas à nossa existência concreta – como, por exemplo, religiosas e sócio-políticas – devem valorizar a vida não tentar suprimi-la. Afinal, como seria bom se alguns assuntos que atordoam nações, ao longo da história, provocando até mesmo a morte de pessoas inocentes, passassem da perspectiva do conflito à perspectiva do diálogo, levando em conta a valorização e o resgate da vida humana! Con-vivência e con-fraternização são palavras que, nestes casos, devem ser levadas a cabo, no sentido literal, para que sejamos cada vez mais cientes de que todos somos dependentes uns dos outros e, por isso, devemos nos respeitar.


E é exatamente em virtude do respeito à vida e à opção alheia que, simultaneamente ao dia da Confraternização Universal, várias denominações religiosas ou místicas guardam o dia primeiro do ano para ritualizarem as suas crenças, ou seja, para entrarem em contato com os seus referenciais por meio de um rito. Igualmente, todos os cristãos católicos são convidados a se alegrarem com a celebração da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus.   
O tempo litúrgico natalino, que se inicia com a Solenidade da noite de Natal e se prolonga até a Festa do Batismo do Senhor, reserva o primeiro dia do ano civil à meditação sobre a maternidade de Maria a fim de que reflitamos sobre aquela que disse sim ao projeto do Pai (Cf. Lc 1,38) e, por obra e graça do Espírito Santo (Mt 1, 20), deu ao mundo a luz eterna, Jesus Cristo, que, em momento algum, utilizou a sua condição divina para se sobressair sobre os demais seres humanos; ao contrário, obedeceu a todas as leis terrenas até chegar à morte e morte de cruz (Cf. Fl 2, 5-8).
E, de fato, para nós católicos, parece não haver melhor opção para vivermos o dia da Confraternização Universal do que ao lado de Maria por se tratar da Mulher-exemplo através da qual Jesus, o Verbo que se fez carne, habitasse no meio da humanidade (Cf. Jo 1, 14) fazendo o bem, respeitando a todos os povos, anunciando-lhes a salvação e a libertação dos oprimidos (Cf. Is 52,7). Ao mesmo tempo em que anunciamos o nascimento e, consequentemente, a permanência de Jesus no meio de nós, celebramos com júbilo a divina maternidade de Maria, logo no primeiro dia do ano.
Portanto, como autênticos seguidores de Cristo, rendamos graças ao Pai pela oportunidade a nós concedida de viver ao longo deste ano que vai se encerrando e, por meio de Maria, peçamos mais respeito e mais paz para o mundo inteiro, confiantes que estes pedidos se converterão em realizações no próspero 2012, a começar pela presença da Mãe do Salvador.


Seminarista Rodrigo Artur

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