quarta-feira, 1 de agosto de 2012

UMA HOMENAGEM AO “DIA DO PADRE”

“Como são belos os pés dos mensageiros que são o sal da terra”.


Num mister de rever o caminho e a história do Pe. João da Cruz Siqueira Tavares, fiz uma pausa para relembrar os momentos alegres e os de sofrimento de um homem voltado para Deus, que jamais reclamou de nada ,ou se deixou abater ao longo de sua vida sacerdotal. Seguiu à risca seu lema de ordenação “O Senhor o escolheu para ser Sacerdote”. Extrovertido e jovial, e bom músico, ainda no seminário mariano tocava piston para alegrar os seminaristas. Ordenou-se padre em Mariana, em 27 de novembro de 1949, celebrando sua nova missa em 11 de dezembro, em Itapecerica-MG, onde nascera em 28 de maio de 1923. Entregou seu sacerdócio à Santíssima Trindade e à Virgem Maria. De origem humilde e perdendo o pai muito cedo, teve beneméritos como os tios Pe. Bernardino Siqueira (pároco de Tiradentes, por mais de trinta anos), Pe. Marciano Gonçalves de Siqueira e Francisco Antônio de Siqueira. Cuidou de sua mãe, Maria das Dores, de seus tios já idosos, e de outros sacerdotes, colocados sob seus cuidados.
Há muito que contar sobre o Pe. João da Cruz. Dirigia, certo dia, um veículo cheio de espigas de milho, doação para sua paróquia, quando se acidentou e seu jipe incendiou-se. Com a batina em chamas, tentou apagar o fogo, mas em vão. Apenas seu rosto não se queimou, porque foi salvo pelo colarinho de sua batina. A Diocese o levou de helicóptero ao Hospital Felício Rocha onde permaneceu por três longos anos: um ano de costas, outro de frente, em pleno sofrimento. Da família e dos amigos recebeu pele e enxertos para todo o corpo.
Restabelecido e forte, quantas vezes o vi no alto de uma escada, pintando as paredes da recém-construída Igreja de São Luiz Gonzaga! Esta igreja está localizada na Rua Jacutinga, 709, no Bairro Pe. Eustáquio, em Belo Horizonte/MG. E fez muito mais: parte da noite, Pe. João tornou-se taxista, para angariar recursos e acelerar o acabamento dessa igreja. Isso lhe rendeu uma reportagem da hoje extinta Revista Manchete, com o título de “Padre Taxista”. Antes de Belo Horizonte, Pe. João da Cruz já passara pelas cidades de Sant’Ana dos Ferros, Rio Doce, Acesita e Barão de Cocais. Em 08 de dezembro de 1981, após as festividades da Primeira Comunhão na paróquia, Pe. João acomodou-se no sofá e faleceu. Cessara a missão terrena dessa figura humana tão excepcional, sempre alegre, amorosa, acolhedora com todos que o procuravam.
No dia 21 de junho de 2012, o pároco atual, José Rezende, e a comunidade de São Luís, não só comemoraram os cinqüenta anos da edificação da igreja, como também homenagearam a memória do Pe. João da Cruz, exemplo vivo de confiança, esperança, fé e total entrega aos desígnios do Pai Celestial.
Por tudo isso, dou meu testemunho da vida simples, porém intensa, desse admirável líder espiritual, e aproveito também para homenagear a todos os sacerdotes, nesse dia especial, em que celebramos o “Dia do Padre”.
PARABÉNS!


DULCE NACIF


 

4 comentários:

  1. Dulcinha,
    Parabéns pelo artigo e por homenagear o padre João que foi uma seguidor de Jesus em humildade, amorização e caridade.
    Abraços, Neida Santos

    ResponderExcluir
  2. Parabéns Dulce por esse texto comovente contando a vida do padre joão, o mundo está carente de "joãos". Uma vida dedicada a Deus e ao próximo.

    Beijos,
    Darciley Guimarães

    ResponderExcluir
  3. Querida Dulce !!

    Também me lembro carinhosamente do Pe. João. Parabéns pela iniciativa em manter viva a lembrança dele.
    Um abraço!

    Jamilton - BH

    ResponderExcluir
  4. Parabens, Dulce recebemos com muita alegria estas palavras de nosso primo Pe João em Itapecerica. abraços

    ResponderExcluir

SEJA BEM-VINDO, SEU COMENTARIO É UM CARINHO DE DEUS PARA NÓS, E NOS DARA MOTIVAÇÃO PARA CONTINUARMOS COM NOSSA MISSÃO. OBRIGADO POR SEU ELOGIO OU CRITICA. PAZ BEM