Mais um ano que começa
repleto de expectativas, porém, já com algumas frustrações... No nosso
contexto, há quem diga que o Brasil só começa depois do carnaval; há quem
discorde... E a Igreja permanecendo com a sua contínua missão de despertar no
seu povo a consciência da solidariedade “para que todos sejam um” (Jo 17,21)...
Mas por que contínua missão de despertar? O dado da solidariedade não nos
deveria ser mais do que claro? Sim, deveria. Mas por uma série de
circunstâncias parece ainda não ser. Eis a razão da Campanha da Fraternidade,
promovida pela CNBB, desde o ano de 1964: levar os cristãos católicos – e
porque não dizer também os cristãos não católicos? – do Brasil a refletirem
sobre alguns dos principais problemas que assolam cada época, sendo-lhes
solidários.
Este ano, a juventude
ganha o seu espaço nas reflexões e nas discussões da Igreja do Brasil. Com o
tema “Fraternidade e juventude” e o lema as palavras do Profeta Isaías, “Eis-me
aqui, envia-me” (Is 6,8), a Campanha da
Fraternidade CNBB - 2013 destaca em seu Texto Base o seu principal objetivo,
a saber: “acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos
para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na
construção da vida, da justiça e da paz”. Trocando palavras, estamos sendo
despertados pela Igreja a acolher os jovens, deixando-os ser “jovens” e
mostrando-lhes que eles podem ser bons/ser de Deus, sendo jovens, mesmo que
existam conspirações contra esta proposta; afinal, a juventude também é Igreja,
ou não?
Mas será que nós sabemos ou ao
menos procuramos saber o que é "ser jovem" nos dias de hoje? Estamos dispostos a
ouvir os anseios da juventude? O que podemos fazer para que o jovem, comportando-se
como jovem, seja o protagonista dos meios de evangelização nos nossos dias? Seríamos
capazes de apoiar um movimento evangelizador jovem dentro e até mesmo fora dos
pilares de concreto das nossas igrejas ou o nosso “medo do novo” ainda nos fala
mais forte? Qual de nós já disse a um jovem que ele pode evangelizar numa “balada”, numa “rave”, num cinema ou num barzinho com os seus amigos? Cabe-nos,
pois, fazer estes e tantos outros questionamentos e, igualmente, dizermos –
cada um por si – “eis-me aqui, Senhor, envia-me” para a missão de ajudar o
jovem a tomar consciência de que ele também é Igreja! Eu quero, eu posso, eu
preciso ser Igreja junto com a juventude. “Eis-me aqui, Senhor, envia-me”!
Seminarista Rodrigo Artur
Parabéns pela linda mensagem, aos jovens e à Paróquia de São Sebastião. Precisamos de "santos de calças jeans" em nossa comunidade e no mundo inteiro para fortalecer e edificar a igreja.
ResponderExcluirBelo texto que nos lança tanto à reflexão quanto ao aceite do convite de "envio" à evangelização. Afinal de contas, juventude é um conceito antropológico que ultrapassa as delimitações temporais. A principal forma de ser jovem está na "cabeça"!
ResponderExcluirObrigado, Marcilea e Ellen, pela amizade e pelas orações!
ResponderExcluirQue nós continuemos firmes no propósito de cada dia sermos e ajudarmos as pessoas a ser Igreja Viva!!!