segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR


 Epifania do Senhor Epifania significa a manifestação de Deus. Os magos são homens sábios de nações estrangeiras. Se os sábios do povo eleito tardaram em reconhecê-lo, os estrangeiros vieram adorar o Senhor. Ou seja, Cristo não é propriedade de nenhum povo ou raça.
Os magos oferecera presentes: ouro, incenso e mirra.
A mirra é uma resina curativa produzida por uma pequena árvore. Na língua hebraica, mirra significa amargo. Na nossa língua significa pequeno. De fato, somos mirra quando reconhecemos a nossa pequenez, pois não podemos fazer tudo o que queremos. A tecnologia, a comunicação e o dinheiro são as ilusões do poder. Deus nos ensina que o poder está no amor e na humildade. Por isso, nasceu na manjedoura longe dos grandes centros de domínio. Deus não se revela nos holofotes da pós-modernidade.
O incenso nos remete a oração, à fé, ao religioso. Diz o Salmista: “Suba nossa oração como incenso” (Sl 141,2). Por mais que o mundo se mostre descrente, por mais que muitos se afastem da fé, no mais íntimo de cada um de nós há uma chama divina da fé. Muitos o reconhecem nas dores e na hora da morte, quando percebem que somente há sentido para a vida em Deus. Somos incenso quando elevamos o nosso coração a Deus.
O ouro é sinal do que é duradouro, pois não estraga e nem perde o seu brilho com o passar do tempo. O mundo passa, os bens estragam com o tempo, nós envelhecemos e somos seres para a morte (Heidegger). O que dura para sempre é o bem que construímos e o amor que existe em nós e se derrama em atitudes concretas pelo irmão.  
Quando os magos viram a estrela, se encheram de alegria. Sem a estrela, caminhavam sem sentido, sem direção. Lembremo-nos de que o Papa Francisco nos convida a viver a alegria do Evangelho: “A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são li­bertados do pecado, da tristeza, do vazio inte­rior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria” (Evangelii Gaudium 1).

Pe Roberto Nentwig/Arquidiocese de Curitiba - PR



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