sábado, 13 de abril de 2013

Televisão: um espaço aberto ao diálogo




                Todas as noites a família brasileira se reúne à espera do famoso “Boa noite!”, já se preparando para, logo após, ver-se refletida nas imagens que se seguirão. Tornou-se comum, quase obrigatório, chegar em casa após um dia extenuante de trabalho, preparar a refeição e sentar-se em frente à telinha e esperar as imagens e mensagens serem transmitidas. 

                Porém, que mensagem e imagem são transmitidas aos telespectadores? O que faz uma família parar – literalmente, no sentido de se emudecer, pois qualquer forma de comunicação verbal pode atrapalhar na escuta do jornalista ou da personagem da novela – diante da TV por horas a fio? 

            Hoje, tem-se uma gama de opções, dos programas religiosos aos seculares, passando por jornalismo, novela, documentários, animação dentre outros. Em alguns, a mensagem falada é mais expressiva do que as imagens; em outros, tem-se imagens que, por si só, traduzem a mensagem. Em tantos, não se tem nada, tornam-se apenas programas para preencher um horário ou um o pensamento vazio de quem os assiste.

                A TV tem o objetivo de disseminar cultura, informação, além de ser uma prestação de serviço aos telespectadores. Estes, por sua vez, têm o poder de controlar o que é melhor assistir. E a que assistem? Diante da realidade social em que se vive, muitos assistem àquilo que lhes é verdadeiro, daí, o sucesso das novelas que refletem(?) o que se passa nas famílias brasileiras: a mocinha mora ao lado, o pai safado está em casa, a mãe sofredora sou “eu”.

               A família pode aproveitar esse momento de descontração para discutir os assuntos que lhe são apresentados e não apenas assistir a tudo de forma silenciosa. Assim, a TV passa a ter também uma função social, educativa, agregadora e não “disseminadora de lares” como preconizado pelos pessimistas.

                Ao se ter espaço para o diálogo, reunir-se em frente à TV será, realmente, um programa para ser feito em família, regado a um bom papo e, quem sabe, pipoca, pizza e guaraná!

Débora Ireno Dias
PASCOM - Paróquia São Sebastião

 

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