Sexta-Feira
Santa, dia da Paixão e Morte do Senhor. Dia de jejum e abstinência de carne.
Dia de recolhimento, oração, interiorização e reflexão sobre o mistério da Cruz.
Em
nossa paróquia, o dia começou com a procissão da penitência organizada pelos
jovens e adolescentes do Setor Juventude. Ao caminhar pelas ruas do bairro,
pôde-se refletir sobre o sofrimento de Jesus Cristo nos seus últimos momentos e
a dor de Maria Santíssima ao ver seu filho morrendo. Enquanto a caminhada
percorria as ruas, os fieis refletiam sobre a questão da saúde em nossa
comunidade, nos exemplos de superação e de descaso. A procissão terminou às 8h,
já dentro da Matriz, onde a tristeza deu lugar à esperança através da Ressurreição
de Jesus.
Às
15h, liturgia solene da Paixão e Morte de Jesus Cristo. Momento de silêncio.
Silenciam-se os sinos. O altar fica vazio. O celebrante deita ao pé do altar
num gesto de reverência ao Cristo que se entregou por nós. Padre Euder, em sua
pregação, chamou-nos a silenciar o coração, a nos interiorizarmos para tentar
entender o mistério da nossa redenção.
“Jesus
aceitou morrer livremente. Ele não desejou se esquivar do compromisso que
assumiu. Ele quis cumprir a vontade do Pai. Ele se coloca numa postura de
entrega, de confiança e despojamento para dar prova de que Seu amor por nós é
profundo e verdadeiro. Amor que significa despojar-se de si mesmo, como no
Lava-pés. O gesto de ontem, na última ceia, é o que Jesus fez com Sua vida. Ele
se dobrou aos nossos pés, ao morrer na Cruz, para nos salvar. Com Seu sangue,
lavou nossos pecados. O Seu sangue nos devolveu a dignidade. Só em Deus há uma
resposta para o sofrimento: Ele também sofre com a gente. Jesus assumiu sobre
si a consequência do nosso pecado. Jesus entrou no “mundo da lama” para nos
mostrar que é possível sair desta situação, da situação de sujeira, de pecado.
O autor da vida aceitou perder a vida para nos dar a vida. Que nosso coração se
deixe envolver por este momento. A Cruz levantada é o lugar de encontro com
Deus. Possamos confiar mais em Deus e duvidar menos da Sua misericórdia.
Sejamos mais fieis a Ele. Que possamos dizer "Pai, em tuas mãos, entrego o meu
espírito”.
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