quarta-feira, 11 de setembro de 2013

JOSÉ PROCURA MARIA


Débora Ireno Dias

Dias atrás, conversando com um amigo de três décadas de vida, pude perceber que ainda há rapazes/homens que se preocupam em encontrar moças/mulheres para caminharem juntos. Esse amigo partilhava comigo o desejo de estar com alguém para sorrir, sair, conversar, abraçar, chorar, e o quanto está difícil encontrar este “certo alguém”. Quando se começa a conversar com alguma garota, a impressão que se tem é ela só quer logo arrumar um cara para se arrumar na vida.

Infelizmente, esse meu amigo não está tão errado em suas impressões, pois o que se vê, muitas vezes, são garotas cuja elegância se resume a um salto alto. As atitudes, gestos, palavras em nada concordam com o “ser elegante” que as mulheres aprendem (ou deveriam aprender) desde a infância. Não sou feminista, mas quem me lê há de concordar que muitas meninas e moças de hoje têm apresentado certos comportamentos que assustam até a nós, outras mulheres, que procuram conciliar beleza/elegância/bravura/inteligência/educação no dia a dia. Mas, onde estão as mulheres cujas atitudes nos remetem à mais bela de todas, Maria? Elas existem sim e, da mesma forma que escutei meu amigo, também escuto algumas amigas reclamando que os homens só querem o agora, a diversão e nada de compromisso sério.

Em tempos de tanta carência afetiva, quando ter amigos de verdade, ter uma família estruturada, ter laços de carinho e amizade nos locais de trabalho tornou-se algo raro, estar com alguém que lhe ajude a ser uma pessoa melhor, que lhe motive a viver a vida com mais alegria, que lhe ajude a enxergar o que há de melhor em você e nos outros e faça planos a médio e longo prazo, parece ter se tornado um quesito de sobrevivência. Mas não é! Não se fica com alguém para sobreviver e sim para viver, e viver mais feliz!


As “Marias” existem. Os “Josés” - referindo-se a São José, homem da humildade, do trabalho e do silêncio - existem. O grande clique da vida é conseguir colocar um perto do outro a fim de que se descubram. Aos “Josés” digo para não desistirem de encontrar suas “Marias”, pois elas podem estar na igreja, na reunião, no cursinho, numa festa, numa loja... E às “Marias” digo para serem como Maria Santíssima e também para não se levarem por qualquer “bom de papo”: o seu “José” está logo ali, esperando apenas que os caminhos se cruzem e, a partir daí, comecem a caminhar juntos. Afinal, tem um José procurando por Maria; tem sempre uma Maria à espera do seu José!

PASCOM - Paróquia São Sebastião

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