Querida Família
Paroquial de São Sebastião,
Benditos sejam os pés do mensageiro
que anuncia a paz! (Is 52,7) Benditos sejam os pés do Filho Unigênito, gerado,
não criado, no qual o Pai nos constituiu como herdeiros da eterna salvação!
(cf. Hb 1,2) Benditos sejam os pés de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e
verdadeiro homem, que, desde o princípio, com o Pai, faz brilhar sobre as
trevas do pecado a luz da Palavra da verdade, através de pessoas audaciosas e
compromissadas com a totalidade do gênero humano! (cf. Jo 1, 1-3) Três frases
que nos conclamam a gritar cada vez mais forte: Bendito O que hoje vem em nome
do Senhor!
Sem qualquer dúvida, Cristo, nascido
na gruta de Belém, foi, é e será sempre o maior presente do Pai a nós, mesmo
que assim por vezes não O acolhamos.
Por Ele devemos procurar cada dia
mais e mais conhecer, rezar e anunciar o evangelho. Com Ele está a alegria que nos
motiva a viver os compromissos do amar, do responsabilizar-se, do dividir, do
igualar-se, do ser mais um... Nele devemos nos envergonhar das vezes em que nos
compactuamos, por interesses ou conveniência, com situações ou pessoas
opressoras, desvirtuando o foco de Sua Luz Salvífica para apenas uma porção de
povo. Resumindo: devíamos crer sem pormenores que por Ele, com Ele e Nele está
a força que nos deve sustentar a sermos pessoas diferentes. Assim nem sempre o
é...
Cabe-nos, talvez, fazer da nossa
vida um constante natal, isto é, um nascer a cada dia para O acolhermos como um
presente e valorizarmos a nossa vida como um presente deste Presente. Isso é
possível...
Viver o natal, verdadeiramente, é
possível; não à luz do consumismo, da exploração e da divisão, mas à luz divina
de Jesus Cristo que nasceu e deseja nascer em cada coração, a cada dia (cf. Mt
28,20). O Seu desejo pela humanidade em completo bem-estar é infinito, assim
como Ele o é. Ele mesmo é que nos diz: “Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não
permaneça nas trevas” (Jo 12, 46). Deixemos a luz de Cristo ser a
nossa luz. Deixemos a luz de Cristo nos livrar da morte eterna e dar-nos a
verdadeira vida.
Peçamos ao Pai a graça de
enxergarmos, nesta festa do nascimento de seu Filho, Jesus, a vida como o maior
dos dons, a ponto de a desgastarmos, caso necessário, em vista do bem comum. Peçamos-Lhe,
igualmente, a graça de contemplarmos, na manjedoura, a vida de Jesus na nossa vida
e a nossa vida na vida de Jesus: Jesus morreu por mim, por você e pelos que não
O aceitam. Se para morrer, Ele teve que nascer, então, de igual modo, Ele
nasceu por mim, por você e por quem não O aceita, a fim de que nós todos
tenhamos vida e vida em abundância, em plenitude (cf. Jo 10,10).
Sejamos, sim, solidários uns com os
outros; mas não somente no natal. Fome, sede, frio, dor, tristeza, alegria,
vontade de ganhar... existem todos os dias do ano. Que neste Natal prevaleça em
nós, acima de tudo, a vontade de repartir. E que esta vontade seja um exercício
constante em nossa vida, quem sabe começando neste Natal? E não se preocupe
caso não tenha muito a repartir: a luz de Cristo é um bom presente...
Seminarista Rodrigo
Artur
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