Débora
Ireno Dias
“Eu vejo
a vida
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear
Eu vejo a
vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão...” (Tempos Modernos, Lulu Santos)
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão...” (Tempos Modernos, Lulu Santos)
Nesses dias em que, de hora para outra, o Gigante
acordou e começamos a ver pipocar manifestos, caras pintadas e todo o tipo de
insatisfação com a “politicagem” que roda nosso país afora, nosso estado e
nossa cidade, esta música vem me trazer um sentimento de esperança. Aliás, foi
esta a música que tocou logo após eu terminar meu discurso na formatura da UFV,
falando em nome de 500 formandos, em outubro de 1998.
Tempos modernos porque, a partir de um “simples”
aumento na passagem de ônibus, começamos a questionar todos os tipos de abusos
políticos que temos vivido nos últimos tempos, ou desde que nos entendemos por
brasileiros. O que era debatido apenas nas redes sociais ou rodas de amigos
agora tomou as ruas, as casas, as mídias em geral, o sagrado almoço de domingo
em família.
Tempos modernos porque vejo adolescentes e jovens,
antes alienados por conta de tanta informação – que, muitas vezes, acaba por
não formar nada –, indo às ruas, sabendo o que estão gritando e pelo que estão
indignados.
Tempos modernos porque vejo os jovens de 68 e 84, e
tantos outros de 92 (eu!) voltando às ruas com novo vigor, impulsionados pela
força que emana dos novos “caras pintadas”, e com mais coragem e maturidade
para falar daquilo que reprime, deixa insatisfeito e aprisiona.
Tempos modernos porque, quem sabe, a partir de
vários manifestos Brasil afora, Barbacena afora..., não teremos a chance de
mudar aquilo que não nos convém, não nos engrandece, não nos faz ser “pátria
amada”?
Porém, não basta apenas manifestar, pintar a cara,
gritar e “compartilhar” a indignação. Há de se ter uma postura diferente a
partir de agora. Há de se rever os próprios comportamentos, fazer o que é
certo, e não no famoso “jeitinho brasileiro”. Há de se (re)aprender a viver com
o diferente, respeitando as ideias e as atitudes, desde que elas não agridam a
maioria, não sejam contra o ser humano. Há de se acordar todos os dias para um
novo tempo de mudança, de novas atitudes, para que não fiquemos mais “deitados
em berço esplêndido”.
PASCOM - Paróquia São Sebastião
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