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Não
sei quem foi o primeiro a dizer essa frase. Só sei que a ouço há mais
de 70 anos: - “O Brasil é o país do futuro”! – Mas o tempo vai passando,
e o futuro do Brasil ficando cada vez mais longe. Houve momentos em que
o nosso país dava uns passos à frente, e o futuro se aproximava. Mas
algo errado acontecia e “o Gigante” parava. Lembro-me do período Vargas,
chamado “pai dos pobres”. Período da arrancada industrial, leis
trabalhistas, Petrobrás (o petróleo é nosso!) etc. Após sua morte, o
Gigante adormeceu e o futuro se afastou.
Na era
Juscelino ele despertou e retomou a caminhada. Até primeira da copa
do mundo - a de 1958 - conquistou, lavando a alma da derrota de 1950.
Foram momentos de grande euforia. O futuro parecia estar logo ali, bem
pertinho. A gente não era mais um país de vira latas – expressão de
Nelson Rodrigues. Com a alternância do poder, coisa justa dentro de uma
democracia sadia - pois o poder não deve ser monopólio de um partido,
vieram também os efeitos colaterais. Seguiram-se momentos de
progressos, porém, sem uma política administrativa sólida, novas
frustrações, consequências das paixões ideológicas exacerbadas. E o
futuro do “Gigante pela própria natureza” ficando para além do
horizonte.
Diversos governantes se sucederam. Alguns de boa fé tentando
sempre algo novo. E neste vai-e-vem de governantes, o futuro do país indo e
vindo, mais indo do que vindo, nosso país foi parando no tempo. E, quem
para, fica para trás, como dizia nosso saudoso Cônego Leandro.
E
numa dessas tentativas de algo novo, veio o Plano Real, despertando em
nós brasileiros, a confiança adormecida. O “Gigante” despertara e
acertaria o passo rumo ao futuro. Um real igual um dólar. Coisa inédita!
De cabeça erguida, caminhávamos rumo ao futuro. Não nos sentíamos um
país de vira-latas. O Brasil produzia, consumia e exportava. Nossas
reservas externas se acumulavam. Mas, infelizmente, no Brasil, pelas
razões já conhecidas, destacando-se a corrupção, retornamos à estaca
zero. Pois o Plano Real não foi protegido. A herança recebida foi gasta
desordenadamente, protelando-se as reformas complementares como: a
tributária, a política, a judiciária e outras tão necessárias. Esses
descuidos, imperdoáveis, nos levaram a lamentável situação que nos
envolve atualmente. E o “País do futuro” cada vez mais longe de um lugar
de destaque dentre as nações. Mas, a bem da verdade, todos nós temos
culpa. Pois, na busca de interesses pessoais, deixando nos enganar
facilmente, escolhemos mal os nossos dirigentes. Num país como o nosso,
dotado por Deus de tantos recursos da natureza, não são admissíveis
tantos fracassos. Mas, se quisermos, podemos
mudar isso para melhor. Vale lembrar a exortação do nosso Papa Francisco
em sua visita ao Brasil na Jornada Mundial da Juventude em 2.013: -
“Sejam revolucionários!”
É isso aí minha gente! Sejamos
revolucionários nas mudanças dos maus costumes, do comportamento,
exigindo respeito pelos nossos direitos, mas reconhecendo também nossos
deveres. Se assim fizermos, certamente a expressão “o Brasil é o país do
futuro” ficará no passado. E os nossos descendentes não serão
considerados vira-latas num país sem futuro. Que Deus nos inspire nessas
mudanças para um Brasil melhor. Feliz Páscoa!
Ladislau Ireno
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