sexta-feira, 27 de março de 2015

BRASIL, PAÍS DO FUTURO!

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Não sei quem foi o primeiro a dizer essa frase. Só sei que a ouço há mais de 70 anos: - “O Brasil é o país do futuro”! – Mas o tempo vai passando, e o futuro do Brasil ficando cada vez mais longe. Houve momentos em que o nosso país dava uns passos à frente, e o futuro se aproximava. Mas algo errado acontecia e “o Gigante” parava. Lembro-me do período Vargas, chamado “pai dos pobres”. Período da arrancada industrial, leis trabalhistas, Petrobrás (o petróleo é nosso!) etc. Após sua morte, o Gigante adormeceu e o futuro se afastou.  

Na era Juscelino ele despertou e retomou a caminhada. Até primeira da copa do mundo - a de 1958 - conquistou, lavando a alma da derrota de 1950. Foram momentos de grande euforia. O futuro parecia estar logo ali, bem pertinho. A gente não era mais um país de vira latas – expressão de Nelson Rodrigues. Com a alternância do poder, coisa justa dentro de uma democracia sadia - pois o poder não deve ser monopólio de um partido, vieram também os efeitos colaterais. Seguiram-se momentos de progressos, porém, sem uma política administrativa sólida, novas frustrações, consequências das paixões ideológicas exacerbadas. E o futuro do “Gigante pela própria natureza” ficando para além do horizonte.

Diversos governantes se sucederam. Alguns de boa fé tentando sempre algo novo. E neste vai-e-vem de governantes, o futuro do país indo e vindo, mais indo do que vindo, nosso país foi parando no tempo. E, quem para, fica para trás, como dizia nosso saudoso Cônego Leandro. 
 
E numa dessas tentativas de algo novo, veio o Plano Real, despertando em nós brasileiros, a confiança adormecida. O “Gigante” despertara e acertaria o passo rumo ao futuro. Um real igual um dólar. Coisa inédita! De cabeça erguida, caminhávamos rumo ao futuro. Não nos sentíamos um país de vira-latas. O Brasil produzia, consumia e exportava. Nossas reservas externas se acumulavam. Mas, infelizmente, no Brasil, pelas razões já conhecidas, destacando-se a corrupção, retornamos à estaca zero. Pois o Plano Real não foi protegido. A herança recebida foi gasta desordenadamente, protelando-se as reformas complementares como: a tributária, a política, a judiciária e outras tão necessárias. Esses descuidos, imperdoáveis, nos levaram a lamentável situação que nos envolve atualmente. E o “País do futuro” cada vez mais longe de um lugar de destaque dentre as nações. Mas, a bem da verdade, todos nós temos culpa. Pois, na busca de interesses pessoais, deixando nos enganar facilmente, escolhemos mal os nossos dirigentes. Num país como o nosso, dotado por Deus de tantos recursos da natureza, não são admissíveis tantos fracassos. Mas, se quisermos, podemos mudar isso para melhor. Vale lembrar a exortação do nosso Papa Francisco em sua visita ao Brasil na Jornada Mundial da Juventude em 2.013: - “Sejam revolucionários!”

É isso aí minha gente! Sejamos revolucionários nas mudanças dos maus costumes, do comportamento, exigindo respeito pelos nossos direitos, mas reconhecendo também nossos deveres. Se assim fizermos, certamente a expressão “o Brasil é o país do futuro” ficará no passado. E os nossos descendentes não serão considerados vira-latas num país sem futuro. Que Deus nos inspire nessas mudanças para um Brasil melhor. Feliz Páscoa!

                                       Ladislau Ireno 
 

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