A Arena Mariana, que ao longo destas últimas semanas tornou-se um dos cenários da tragédia do desmoronamento das barragens na região de Mariana, na tarde de sábado, 28 de novembro, foi palco de um momento de celebração e solidariedade, quando foi comemorado os 270 anos de criação da Arquidiocese de Mariana.
Cerca de 5 mil pessoas, dentre fieis, bispos, seminaristas e presbíteros religiosas e religiosos, estiveram presentes à celebração presidida por Dom Geraldo, arcebispo de Mariana, que a iniciou pedindo 1 minuto de silêncio em memória a todas as vítimas do desastre que atingiu a região de Mariana e as cidades da Bacia do Rio Doce. Algumas vítimas estavam presentes à celebração e, em vários momentos, houve o pedido de justiça e declaração de apoio em prol das famílias atingidas.
Ainda no início da celebração, Monsenhor Celso apresentou a história da arquidiocese ao longo destes 270 anos através da biografia dos 8 bispos e 5 arcebispos que passaram por Mariana. Um resgate histórico, cultural e religioso através da vida e testemunhos desses pastores, em especial, Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, Servo de Deus, que foi ovacionado por todos os presentes quando teve seu nome mencionado e seu quadro apresentado à assembleia.
Na homilia, Dom Geraldo disse estar com o coração agradecido, em ação de graças à Santíssima Trindade pelos 270 anos da Arquidiocese de Mariana. "A história desta igreja particular foi escrita por inúmeros presbíteros, religiosos e religiosas que plantaram neste solo a semente da fé." Fez referência aos 265 anos de fundação do Seminário São José, primeiro estabelecimento de ensino de Minas Gerais e ao acervo histórico e cultural do passado, patrimônio religioso que marca Mariana. Ainda, referiu-se ao PAE - Projeto Arquidiocesano de Evangelização, quadriênio 2016-2020: "queremos ser uma igreja em saída, em direção aos excluídos e afastados; não podemos esmorecer porque temos a certeza de que a Igreja de Jesus Cristo está solidificada em rocha firme".
Ao final, Padre Geraldo Dias falou sobre a Assembleia Arquidiocesana de Pastoral que aconteceu nos dias 27 e 28 e da importância do documento que irá para todas a paróquias nos próximos dias. "Duas palavras nos guiarão nos próximos anos para a evangelização: participação e comunhão", disse ao se referir ao PAE 2016-2020. Por sua vez, Padre Geraldo Barbosa falou sobre os movimentos que a Arquidiocese está apoiando na luta por justiça junto aos atingidos pelas barragens. Um folheto foi distribuído explicando a atuação de Dom Geraldo e todos os envolvidos diante da tragédia. "Águas para a vida e não para a morte" foi o grito que se escutou nesse momento, fazendo memória ao que Dom Luciano já dizia.
A entrada dos padroeiros da arquidiocese - Nossa Senhora da Assunção e São José - ao som do hino do aniversário da arquidiocese, foi o momento final, encerrando a celebração onde se uniu dor, protesto, pedido de justiça e louvor a Deus pelo dom da vida, pela vida da Arquidiocese de Mariana.
Débora Ireno Dias
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