Com a posse canônica de Dom Frei Manoel da Cruz, cisterciense da família de São Bernardo e Primeiro Bispo, na histórica data de 2 de fevereiro de 1748, Mariana se tornara, dentro do contexto brasileiro, a sexta diocese, depois do bispado da Bahia (1555), Rio de Janeiro (1676), Olinda (1676), Maranhão (1677) e Pará (1719). Antes da data inaugural de nossa diocese (2/2/1748), a Província das Minas Gerais “in spiritualibus” dava obediência aos Bispos do Rio de Janeiro.
Umas quarenta paróquias aproximadamente foram aqui instituídas pelo Ordinário fluminense, no período de 1702 a 1721. Entre estas primeiras, um total de vinte e três ainda pertencem à atual arquidiocese: Carmo (Mariana), São Sebastião (Bandeirantes), São Caetano (Monsenhor Horta), Sumidouro (Padre Viegas), Furquim, Pilar de Ouro Preto, Catas Altas (do Mato Dentro), Cachoeira do Campo, Guarapiranga (Piranga), Ouro Branco, Antônio Dias de Ouro Preto, Santa Bárbara, São Bartolomeu, Inficionado (Santa Rita Durão), Camargos, Antônio Pereira, Casa Branca (Glaura), Congonhas, Itabira do Campo (Itabirito), Itaverava, Itatiaya, Borda do Campolide (Barbacena) e Carijós (Conselheiro Lafaiete).
A mesma bula papal que criou a diocese de Mariana (“Candor Lucis Aeternae”) criou também o bispado de São Paulo. Depois de cento e sessenta anos, foi elevada à categoria de arquidiocese, juntamente com o bispado de Belém do Pará, por um mesmo documento pontifício (“Sempiternam Humani Generis”, de São Pio X, 1/5/1906).
O território coberto pela diocese primaz de Minas, aproximadamente um quinto do Estado, a região mineira então habitada (centro e sudeste), hoje está repartido entre seis províncias eclesiásticas e se subdividiu numa radiosa constelação de episcopados. A sua Catedral se tornou a matriz dadivosa de umas duas dezenas de outras Catedrais.
A partir de Mariana, irradiou para todos os horizontes mineiros o facho sagrado do Evangelho –o candor da Luz Eterna– que civilizou, educou e engrandeceu a gente mineira. Em Mariana, se ergueram sólidos os umbrais da Religião Católica para os montanheses. Assim, ela entende que não pode negar sua história e está comprometida com um passado de equilíbrio e uma tradição de prudência. Ela quer guardar ciosamente um precioso legado que recebeu de seus ancestrais na fé: uma adesão irrestrita a Jesus Cristo e à sua Igreja!
Há em Mariana “um patrimônio de fé” a ser cultivado, trabalhado e colocado a serviço da solidariedade. Nosso chão abriga um povo em que o número de católicos representa a grande maioria da população. Nossa tarefa será assumir, com novo ardor, a evangelização, procurando que Jesus, o Bom Pastor, seja mais conhecido, amado e seja instaurado entre nós seu Reino de Justiça, Amor e Paz.
Arquidiocese de Mariana
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