terça-feira, 15 de outubro de 2013

300 anos

Catedral de Mariana: tricentenário do início da sua construção



Padre Geraldo Dias Buziani
A Catedral de Mariana é uma das mais belas matrizes do barroco mineiro, que neste ano de 2013, completa os 300 anos do início da sua construção. Ela constitui um marco por ser a primeira catedral edificada no interior do Brasil colônia, e, além disso, é a única deste período que se conserva tal como fora concebida nas diversas etapas de sua edificação, concluída no final do século XVIII.
A paróquia iniciou suas atividades em 1704, sendo criada por Dom Frei Francisco de São Jerônimo, com o título de Nossa Senhora da Conceição do Ribeirão do Carmo. Seu primeiro pároco foi o Pe. Manuel Brás Cordeiro. Em 1707, houve a mudança da matriz, transferida da Igreja do Rosário Velho (hoje capela de Santo Antônio) para a Capela de Nossa Senhora da Conceição, por se encontrar em espaço mais amplo junto ao sítio urbano que mais crescia e servia melhor a população. Somente durante a administração do Governador Antônio de Albuquerque (1710-1713) foi iniciada a construção da Matriz, atual edifício. Em 16 de fevereiro de 1724, transformou-se em paróquia colada, ou seja, teria um vigário fixo. Aos 6 de dezembro de 1745, através da bula “Candor Lucis Aeternae”, do papa Bento XIV, Mariana tornou-se sede do primeiro bispado de Minas Gerais e a matriz, ainda em obras, foi julgada adequada para sediar a Catedral. Mariana foi a sexta diocese criada no Brasil, depois do bispado da Bahia (1555), Rio de Janeiro (1676), Olinda (1676), Maranhão (1677) e Pará (1719).
Depois de 161 anos, a diocese de Mariana foi elevada à categoria de Arquidiocese, pelo documento “Sempiternam Humani Generis”, do papa Pio X, em 01 de maio de 1906. A Catedral recebeu título de Basílica Menor em 1964, dado por Paulo VI, durante o episcopado de Dom Oscar de Oliveira.
Desmenbraram-se do território de jurisdição da Arquidiocese de Mariana: Arquidiocese de Diamantina (1854), Arquidiocese de Pouso Alegre (1900), diocese de Caratinga (1915), diocese de Luz (1918), Arquidiocese de Belo Horizonte (1921), Arquidiocese de Juiz de Fora (1924), diocese de Leopoldina (1942), diocese de São João Del Rey (1960), diocese de Itabira-Coronel Fabriciano (1965).
Ilustres bispos da Igreja ocuparam a cátedra marianense: Dom Frei Manoel da Cruz; Dom Joaquim Borges Figueroa, Dom Bartolomeu Manoel Mendes dos Reis, Dom Frei Domingos da Encarnação Pontével, Dom Frei Cipriano de São José, Dom Frei José da Santíssima Trindade, Dom Antônio Ferreira Viçoso, Dom Antônio Maria Corrêa de Sá e Benevides, Dom Silvério Gomes Pimenta, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, Dom Oscar de Oliveira, Dom Luciano Mendes de Almeida e, atualmente, Dom Geraldo Lyrio Rocha.
Desta catedral, bem como de toda a Arquidiocese, irradiou-se para amplos horizontes o anúncio do evangelho que educou e engrandeceu a gente mineira e enriqueceu o Brasil. Toda essa riqueza hoje se perpetua em anais da história de um passado glorioso, como também se mostra viva nas tradições e forte religiosidade que impregnam nossas comunidades, expressando-se na arte, especialmente no barroco mineiro.
Celebrar o tricentenário do início da construção da Catedral de Mariana é, pois, rica oportunidade de conhecer a história e, ao mesmo tempo, enriquecer a eclesialidade, assumindo o compromisso de transmitir o tesouro da fé às futuras gerações.
PASCOM - Paróquia São Sebastião

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