Dia 23 de fevereiro, assisti à
cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno que aconteceram em
Sochi, Rússia, desde o dia 11. Quem assistiu, pôde ver um espetáculo de luz,
música e dança típica. Deu até para aprender um pouco sobre a história deste
país que, ainda recentemente, era fechado para o mundo.
O show ia acontecendo, eu me
deslumbrando, até que entraram as mascotes dos Jogos. A Lebre, o Leopardo e o
Urso deslizavam sobre o palco olhando as crianças que ali estavam encenando. De
repente, vi-me em 1980. Final dos Jogos Olímpicos de Moscou. Eu tinha 4 anos na
época, mas lembro muito bem da cena: sentada junto ao Papai, assistindo à
cerimônia de encerramento dos Jogos na nossa “TV 17” preto e branco, chorei ao
ver o Misha se despedir dos atletas. Acho que muitos choraram também! É uma
cena clássica. Não consigo me lembrar nem da mascote de Londres 2012, mas nunca
me esqueci do Misha!
Enquanto o Urso de Sochi olhava o
céu, meu coração palpitou mais forte, e eis que Misha apareceu num telão,
naquela memorável cena de minha infância. Impossível não chorar. Até mesmo os
repórteres comentavam que, quem foi criança naquela época, devia estar
emocionada. Eu estava!
E de repente a emoção falou mais
alto. Chorei! E descobri que o choro foi de uma saudade que talvez nunca seja
“matada”. Saudade não da infância, mas dos irmãos russos com quem convivi por
duas semanas, em 2013, por ocasião da JMJ. Fiquei imaginando se eles estavam
também ali em Sochi, se eles se divertiram com os jogos, se eles continuam
firmes na fé após a Jornada Mundial.
Meu marido falou “Rússia nunca
mais”, ou seja, nunca mais nos veremos a não ser aqui na Internet. Não quero
pensar assim. Na minha imaginação, penso que um dia iremos nos encontrar. Misha
não apareceu de novo? Então, quem sabe, não apareceremos
novamente na vida uns dos outros, pessoalmente?
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