No Angelus deste domingo, 16, Papa Francisco comentou a atitude de Jesus em relação à lei judaica, destacando o significado do pleno cumprimento da Lei e da justiça superior. O Santo Padre enfatizou a necessidade de todos se reunirem em torno do mandamento maior de Deus: o mandamento do amor.
As reflexões partiram do Evangelho do dia, em que se esclarece o objetivo de Jesus: levar à plenitude os mandamentos que Deus havia dado a Moisés, o que requer uma justiça superior.
Como exemplo, ele lembrou o que Jesus disse sobre o quinto mandamento, “Não matarás”. Jesus recorda que também as palavras podem matar, disse o Papa. “As fofocas podem matar. É tão bruto fofocar. No final, enche o coração de amargura e envenena também nós (…) Portanto, não só não se deve atentar contra a vida do próximo, mas também não lançar sobre ele o veneno da ira. Jesus propõe a quem O segue a perfeição do amor: um amor cuja única medida é não ter medida, ir além de todos os cálculos”, disse o Papa.
Francisco explicou que, a partir disso, é possível entender que Jesus não dá importância simplesmente à observância disciplinar e à conduta externa, mas é preciso ir à raiz da lei, com foco na intenção e no coração do homem. Este é o lugar do qual se originam as ações boas ou más. “Para ter comportamentos bons e honestos não bastam as normas jurídicas, mas são necessárias motivações profundas, expressão de uma sabedoria oculta, a Sabedoria de Deus, que pode ser acolhida graças ao Espírito Santo”, declarou.
Concluindo as reflexões, o Santo Padre lembrou que, à luz destes ensinamentos de Jesus, cada preceito revela seu pleno significado como exigência de amor. Assim, todos devem se reunir no maior mandamento: amar a Deus com todo o coração e o próximo como a si mesmo.
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