Ladislau Ireno
No dia 11 de fevereiro, comemoramos a aparição de Nossa Senhora de Lourdes, cujo acontecimento se deu na França, em 1858.
Nesse mesmo dia, em 2013, o mundo inteiro foi surpreendido com a notícia da renúncia de Bento XVI. Com a visão voltada para o futuro, consciente de sua fragilidade física, viu-se obrigado a tomar tal atitude. Especulações começaram a pipocar, tentando criar uma situação duvidosa das razões de sua renúncia. Houve questionamentos como: Escolheram a pessoa errada? Claro que não! A Igreja teve em Bento XVI o Papa de que precisava. Deus tem seu trunfo para cada momento da Igreja.
João Paulo II foi um desses trunfos. Ainda jovem, foi a escolha certa para aquele momento da nossa história. Num mundo conturbado pelas rápidas transformações políticas, tecnológicas e sociais, surpreendeu a todos. A queda do muro de Berlim, o desmantelamento da Cortina de Ferro e outras situações que retratavam o cenário da época, exigiam um Papa com o perfil do “João de Deus”.
Sucedeu-lhe Bento XVI que, com quase 80 anos, com sabedoria e firmeza, sem transigir, num mundo em que já não parece existir distinção entre “verdadeiro e falso”, mundo de relativização e inversão de valores, defendeu a pureza da fé. Os contra valores se multiplicam. E, para alguém investido de um poder com responsabilidade sobre mais de um bilhão de fiéis, é um desafio impossível a ser enfrentado por um corpo cujas energias vão se esvaindo.
O mundo em que vivemos exige muito de um líder. O Papa não fica mais restrito aos muros do Vaticano. Seu cargo o leva ao encontro das parcelas do Povo de Deus espalhadas pelo mundo. É necessário ter vigor espiritual, intelectual e também físico à altura da sua missão. Antes que se visse prostrado num leito, para não prejudicar a missão da Igreja, corajosamente renunciou, deixando um belo exemplo a ser imitado pelos que tem o poder, mas que nem sempre, para não perderem privilégios, têm a humildade de abrir mão do mesmo. Renunciar, dependendo da circunstancia, não é prova de covardia, mas de sabedoria, grandeza e, sobretudo, humildade.
Bento XVI, levando Deus aos homens e os homens a Deus, com o seu gesto, deixa para nós uma bela herança: dignidade, coragem, sabedoria e humildade. Obrigado Bento XVI. Deus o abençoe!
Temos agora no nosso Papa Francisco, pela forma como vem agindo, um novo “Trunfo de Deus”. Tendo escolhido o nome do grande Santo, indica para todos nós um forte referencial a ser seguido para termos um mundo melhor, mais justo e fraterno. Sob a intercessão de Nossa Senhora de Lourdes, o Senhor conserve e dê vida longa ao nosso Papa Francisco, o faça feliz na Terra, e não o entregue às mãos dos seus inimigos. Amém!
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