“Vou enviar meu anjo à sua frente para te proteger...”
Ex. 23,20-21
Reprodução Internet |
Dia dois de outubro a Igreja celebra o dia dos anjos da guarda.
Quando criança, ouvimos muito falar de anjos e eles constituíam uma
realidade concreta para nós. Depois, crescemos, tornamo-nos “cultos”,
conhecedores da tecnologia moderna, e contaminados pelo materialismo
avassalador que domina o nosso tempo, os anjos acabam se tornando
fantasias, coisas para crianças. Entretanto, será que esta postura do
homem moderno destrói a realidade angélica? Será que, por negarmos a
existência de um elefante, ele simplesmente desaparece e deixa de
existir? Por sermos incapazes de, com nossos ouvidos e nossos olhos,
percebermos as ondas hertzianas e os raios cósmicos que percorrem todo o
espaço que nos cerca, proporcionando-nos energia, luz e calor,
juntamente com as imagens captadas pelos televisores, podemos afirmar
que não existem? Ora, como admitir os efeitos sem as causas? Vale
lembrar que os anjos são anteriores a existência do homem.
No CIC – 328, encontramos a afirmação: - A existência dos seres espirituais, não-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé... - Eles são mencionados, pela primeira vez na Bíblia, no Gênesis, livro da criação do mundo, em 3,24. Também, em Êxodo, 23,20-21, com uma forte citação, definindo suas funções: - “Vou enviar o meu anjo à sua frente para te proteger... Respeita-o, ouve a sua voz, não lhe desobedeças...” – Assim como no Antigo Testamento, também no Novo testamento, inúmeras são as referências quanto ás aparições e manifestações desses seres espirituais.
A palavra
“anjo” vem do grego “angelos”, e significa mensageiro, enviado. São
espíritos (puros espíritos) bem aventurados, criados por Deus para
eternamente o louvarem e prestarem ajuda aos homens. Entende-se por
“espírito” aquilo que não é corpo, nem tem matéria, nem parte
divisíveis, nem pode ser percebido pelos nossos sentidos. Mas é um ser
vivo com entendimento, liberdade e vontade.
No Concílio
Lateranence (1.215) foi definida claramente a existência dos anjos ao se
afirmar que Deus criou duas espécies de seres, os espirituais (anjos) e
os corporais (homens), reafirmando assim a carta de São Paulo aos
Colossences (1,16) onde ele diz terem sido criações de Deus, todas as
coisas visíveis e invisíveis. Nesta mesma carta, São Paulo apresenta a
hierarquia angélica: Tronos, Dominações, Principados e Potestades.
Concluindo, diz o apóstolo: “tudo foi criado por Ele e para Ele”.
Portanto, os anjos são uma realidade concreta, e aceitar sua existência é abrir as portas para receber toda cooperação de seres que são puro amor e estão prontos a reparti-lo conosco. Como temos tratado o nosso custódio, o nosso anjo da guarda, que está sempre pronto a nos inspirar, alertar e proteger dos perigos em nossa jornada neste mundo? Temos sido gratos a ele pelo serviço prestado a Deus junto de nós? Temos-lhe dado espaço em nossa vida?
Ladislau Ireno Filho
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