segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sei quem sou eu e por que estou aqui?


Vale a pena dedicar a vida a descobrir e vivenciar este tesouro único que Deus colocou na sua alma com uma missão particular
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Deus sempre entra na nossa vida para lhe dar sentido. Ele chega, com amor e respeito, e nos pergunta com os olhos abertos, expectante, enamorado: “O que você busca no mais profundo? O que lhe faz sofrer?”.

São as perguntas que Jesus nos faz na vida. Perguntas que procuram dar nome à nossa sede mais autêntica.

Tantas vezes buscamos na escuridão, lutando por achar respostas: quem sou eu? Qual é a minha missão? Estas são as perguntas mais importantes no caminho.

A sede que temos, a verdadeira sede, a mais profunda, a que está gravada na alma, tem a ver com o que somos e com o que podemos chegar a ser, com o que descobrimos e com o que não conseguimos desvelar, com os passos já dados e os caminhos que ainda faltam por percorrer.

Sim, nossa sede tem a ver com o que somos, com a imagem de Deus gravada na alma.

Jesus nos revela sua identidade. Ele os diz que Deus é esse pai cheio de amor, que quer fazer uma festa para o seu filho. O pai, repleto de alegria, que quer compartilhar seu amor com muitos. E nos convida a uma festa.

Muitos não entenderam as palavras de Jesus. Muitos não souberam de que festa Ele falava, de que filho, de que pai. Mas Jesus sabia quem era. Era o noivo, era o filho. O motivo da alegria, o próprio lugar da festa.

Jesus é o rosto do Pai, o sonho do Pai, a alegria do Pai. Jesus é a própria festa do encontro.

Cristo nos mostra quem é e qual é sua missão, o mais próprio dele, seu ideal pessoal. Seu nome, esse nome inscrito no coração do Pai. E eu? Sei quem sou eu? Sei qual é o meu nome, minha missão?

Vale a pena dedicar a vida a descobrir esse tesouro único que Deus colocou na minha alma, isso que me torna diferente de todos, esse nome que Deus pronuncia toda manhã e repete toda noite, que carrega uma missão particular. Esse dom pelo qual quer fazer uma festa e convidar todos.

Sim, eu também sou esse filho. Sou o motivo da festa. Deus quer fazer uma festa por mim. Ele se alegra com a minha vida e canta feliz. Acolhe a minha dor e faz uma festa. Esse dom que eu recebi é uma tarefa. Meu ideal pessoal. Meu lugar. Meu carisma, meu talento. O nome da minha sede.

Jesus descobriu quem era orando com seu Pai, observando o que o movia, seus sonhos, sua sede, o que o fazia sofrer, seu impulso por curar, tocar o coração de toda pessoa, perdoar.

Jesus teve sede. Viveu aguardando o “sim” do homem. Dos seus discípulos, dos doentes curados, dos seus amigos, da sua família. Tinha sede de amor. Sede de estar com os seus. Sede ao ver tantas pessoas perdidas, distantes, indolentes diante de um convite a viver.

Sede desse “sim” que chegou muitas vezes e desse “sim” que talvez nunca chegará. Sua sede de amar cada um, de dar a vida, de ser água para os sedentos e repouso para os cansados, mar e lago, pausa e caminho.

Jesus descobriu seu lugar junto ao Pai. Em uma festa, em uma vinha. Sua missão de entregar-se totalmente por nós. 


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