"Com a força da
Juventude, o Brasil finalmente começou a mudar..."
Gilson Carlos Ladeira Marinho
De
que é um momento ímpar na história nacional, não temos dúvida. Em meio a
debates de direitos humanos e à grande insatisfação popular relativa à corrupção
– presente no Brasil desde o período colonial – e, principalmente, aos padrões
vigentes da educação e da saúde nacionais, os movimentos populares ressurgiram.
E ressurgiram de uma maneira como nunca vimos.
Movimentos
populares chefiados por uma juventude que "acordou", que cansou da
burocracia nacional e da não operacionalidade dos serviços públicos básicos.
Juventude esta que remonta a juventude da década de 80, que lutava pela
abertura política através do movimento "Diretas Já". São os
estudantes que tomaram as ruas das principais cidades do Brasil a ponto do país
do futebol realmente parar.
O
interessante é a circunstância em que tais movimentos eclodiram: em plena Copa
das Confederações, com o Brasil como o centro das atenções do mundo. Ponto para
a juventude: conseguiu fazer o certo no momento certo. Só o mundo vendo tais
movimentos para que os nossos "intocáveis" políticos revejam o quadro
deplorável de uma educação estagnada e de uma saúde doente, que perece de todos
os males possíveis: espera nas filas, falta de médicos e de hospitais, além da
existência de equipamentos inoperantes.
Quanto
a uma análise mais profunda dos movimentos, é certo que o objetivo principal
foi alcançado: até a chefe do Poder Executivo quis aparecer no horário nobre e
dizer que os "royalties" do petróleo irão para a educação pública e
que a saúde terá médicos estrangeiros. É pouco, mas já é um começo. O grande
empecilho para o desfecho do movimento é a corrupção, pois é difícil acabar com
algo enraizado nos políticos e na própria população. Porém, o primeiro passo no
combate à mesma já foi alcançado, visto que a PEC (Projeto de Emenda
Constitucional) 37, que, em suma, proibia que o Ministério Público tivesse
acesso aos registros financeiros dos parlamentares não foi aprovada.
Tais
eventos mostram o quadro democrático atual, que permite o protesto pacífico da
população, como foram realizados na maioria das vezes, comprovando a soberania
popular, que reivindica aos políticos fazerem valer os anseios do povo e não os
dos seus próprios bolsos.
Porém,
como nem tudo são rosas, os pontos negativos dos protestos populares também
devem ser abordados: resumem-se ao vandalismo de uma minoria da juventude (minoria
esta que não quer ganhos para a sociedade e somente almeja o caos, ao passo que
deterioram os bens públicos). Ponto contra a juventude: de que adianta o vandalismo
e o enfrentamento à polícia? Cabe ao Estado (representado pela polícia)
reprimir tais ações, até mesmo com certo grau de violência, a fim de proteger
as sociedades e o patrimônio público.
Como
balanço geral da situação, conclui-se que a população brasileira, representada
pelos jovens, enfim se ergueu contra as injustiças sempre mencionadas – porém,
até agora nunca combatidas – com protestos necessários para que as melhoras nos
serviços públicos sejam, de fato, concretizadas. Somente com um país educado e
saudável, poderemos alcançar os patamares de um país capaz de sediar eventos
como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. O potencial é evidente que temos. O que falta são políticos conscientes e brasileiros
que lutem para fazer valer o dinheiro proveniente dos nossos inúmeros impostos.
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