Escolhido pela diocese como o mês do dízimo, novembro é o
tempo dedicado à conscientização dos católicos da região para o importante
papel que cada um tem em relação ao cuidado com o espaço em que a igreja
funciona e com outros serviços prestados à comunidade. Isso porque parte do
dinheiro doado é destinado à manutenção e obras na igreja e parte, ao trabalho
social, de formação religiosa e leiga, bem como administrativo da região em que
a paróquia está inserida.
Se de um lado há que haver conscientização para a partilha de
quem doa, do outro, não pode faltar transparência quanto ao emprego do que se arrecada.
E esse conselho do Papa Francisco em relação à prestação de contas tem sido
levado a sério quando o assunto é dízimo.
Para o padre Mauro Lúcio de Carvalho, o trabalho de
conscientização dos paroquianos passa pela transparência. Segundo ele, a
proposta é a consciência, não de aumentar a arrecadação, mas de despertar nas
pessoas a percepção de que elas são parte dessa igreja, por isso zela e
partilha com seus irmãos. “zelar
pela transparência é parte fundamental nesse trabalho”, diz o padre, explicando
que todo o movimento financeiro da paróquia é acompanhado pelo Conselho para
Assuntos Econômicos Paroquial. Esse conselho é formado por um tesoureiro de
cada uma das comunidades e um da própria paróquia, um contador, o pároco e um
coordenador leigo de pastoral. As ações desse conselho - na sua maioria leigos
que doam seu trabalho em prol da igreja - são regidas pelo Manual dos
Conselhos, um regimento da arquidiocese que rege as finanças paroquiais e o
destino das doações.
Em se tratando de dízimo, o resultado desse trabalho de conscientização
e transparência pode ser visto nas realizações paroquiais, garante o padre
Mauro: “Se a igreja que você frequenta está
bonita e cuidada, não é mérito do padre, mas resultado da fé e fidelidade do
povo, resultado de uma parceria que deu certo”.
Como funciona o dízimo
Na igreja católica, são contadas como dízimo todas as doações
mensais de dizimistas fixos, bem como as doações aleatórias feitas durante o
ofertório da missa.
O dízimo é uma doação espontânea, cujo valor é definido pelo
próprio doador. Mesmo para os dizimistas mensais, não há qualquer controle.
Eles recebem os envelopes em casa, através do trabalho realizado pela pastoral
do dízimo, e o entrega com sua doação no momento do ofertório.
O valor arrecadado no mês é assim repartido: 5% para a
manutenção dos seminários da arquidiocese; 5% para o Centro de Pastoral
(regional – Mariana Sul), que mantém encontros em nível de pastoral e formação
leiga; 5% para a Cúria, que é o centro de administração da arquidiocese; 10%
para a Dimensão Social, que é um movimento social voltado para famílias
carentes feito em todas as comunidades paroquias e os últimos 75% para a
manutenção, conservação e construções na paróquia.
Daniele Ribeiro
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