quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Novembro do dízimo: conscientização e transparência



 

reprodução Internet 
Escolhido pela diocese como o mês do dízimo, novembro é o tempo dedicado à conscientização dos católicos da região para o importante papel que cada um tem em relação ao cuidado com o espaço em que a igreja funciona e com outros serviços prestados à comunidade. Isso porque parte do dinheiro doado é destinado à manutenção e obras na igreja e parte, ao trabalho social, de formação religiosa e leiga, bem como administrativo da região em que a paróquia está inserida.
Se de um lado há que haver conscientização para a partilha de quem doa, do outro, não pode faltar transparência quanto ao emprego do que se arrecada. E esse conselho do Papa Francisco em relação à prestação de contas tem sido levado a sério quando o assunto é dízimo.
Para o padre Mauro Lúcio de Carvalho, o trabalho de conscientização dos paroquianos passa pela transparência. Segundo ele, a proposta é a consciência, não de aumentar a arrecadação, mas de despertar nas pessoas a percepção de que elas são parte dessa igreja, por isso zela e partilha com seus irmãos. “zelar pela transparência é parte fundamental nesse trabalho”, diz o padre, explicando que todo o movimento financeiro da paróquia é acompanhado pelo Conselho para Assuntos Econômicos Paroquial. Esse conselho é formado por um tesoureiro de cada uma das comunidades e um da própria paróquia, um contador, o pároco e um coordenador leigo de pastoral. As ações desse conselho - na sua maioria leigos que doam seu trabalho em prol da igreja - são regidas pelo Manual dos Conselhos, um regimento da arquidiocese que rege as finanças paroquiais e o destino das doações.
Em se tratando de dízimo, o resultado desse trabalho de conscientização e transparência pode ser visto nas realizações paroquiais, garante o padre Mauro: “Se a igreja que  você frequenta está bonita e cuidada, não é mérito do padre, mas resultado da fé e fidelidade do povo, resultado de uma parceria que deu certo”.

Como funciona o dízimo

Na igreja católica, são contadas como dízimo todas as doações mensais de dizimistas fixos, bem como as doações aleatórias feitas durante o ofertório da missa.
O dízimo é uma doação espontânea, cujo valor é definido pelo próprio doador. Mesmo para os dizimistas mensais, não há qualquer controle. Eles recebem os envelopes em casa, através do trabalho realizado pela pastoral do dízimo, e o entrega com sua doação no momento do ofertório.
O valor arrecadado no mês é assim repartido: 5% para a manutenção dos seminários da arquidiocese; 5% para o Centro de Pastoral (regional – Mariana Sul), que mantém encontros em nível de pastoral e formação leiga; 5% para a Cúria, que é o centro de administração da arquidiocese; 10% para a Dimensão Social, que é um movimento social voltado para famílias carentes feito em todas as comunidades paroquias e os últimos 75% para a manutenção, conservação e construções na paróquia.

Daniele Ribeiro 

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