CRISMA – SACRAMENTO DA MATURIDADE

O Sacramento da Crisma não é um ponto de chegada, mas um ponto de partida para uma nova missão: anunciar a Boa Nova do Reino, no serviço aos irmãos, vivendo a comunhão, o testemunho e alimentando-nos  da Eucaristia, raiz e centro da comunidade cristã, embora seja o  coroamento de  todo um processo de preparação do jovem,  onde se procura melhor o autoconhecimento,  o conhecimento da pessoa de Jesus Cristo , da realidade que somos convidados a conhecer para transformar,  

 

O Sacramento da Crisma tem o  sentido de tornar firme e forte aquele  que é ungido,  com o mesmo Espirito de Pentecostes, para atuar na comunidade.

 

O crismando deve ser maduro para um diálogo  aberto com o mundo, porque só se transforma aquilo que se conhece bem. A Crisma ,  também chamada de Sacramento da maturidade proporciona  ao jovem  o desenvolvimento consciente da fé e da personalidade.

 

O Sacramento da confirmação está essencialmente ligado ao episódio de Pentecostes ( At 2, 1-8).  No mistério de Pentecostes nós revivemos o nascimento da Igreja, pois é o momento que ela se abre ao serviço que se torna Sacramento. Anunciar a Boa Nova deve ser para o crismando, momento de  alegria, de esperança, de vida, como Jesus nos ensinou. 

 

O Santo Crisma ( mistura de óleo e perfume),consagrado pelo Bispo na 5ª feira santa simboliza o próprio Espírito Santo com o qual Jesus foi consagrado para a missão messiânica. O Crismando é perfumado para exalar o bom odor de Cristo para servir à comunidade.

 

A unção  significa o dom  do Espírito Santo ao novo batizado. Este tornou-se  um cristão, isto é, “ungido” do Espírito Santo, incorporado a Cristo, que é  ungido Sacerdote, Profeta e Rei. Pelo dom do Sacerdócio somos chamados  a  estreitar nossos laços de intimidade com o Senhor, na liturgia, testemunhado publicamente nossa fé.

 

Pelo dom da profecia somos chamados a ser ouvintes da Palavra para discernir sempre mais a vontade de Deus em nossa vida pessoal, comunitária e social.

 

Pelo dom do  reinado somos chamados a assumir nossa responsabilidade no governo do  mundo de forma que a humanidade e o cosmos sejam  continuamente recriados segundo a vontade de Deus.

 

Segundo a concepção do Concílio Vaticano II, a “Igreja é Povo de Deus” convocado e reunido por Jesus Cristo no Espírito Santo para continuar a missão de Jesus : libertar os cativos – físicos e morais, dar vista aos cegos, justiça aos oprimidos e sobretudo proclamar a Graça de Deus para os seus filhos ( Lc 4,16-21).  

 

Conscientes de que  Jesus foi  ungido pelo Pai com o Espírito Santo de uma maneira única,  ao assumir nossa humanidade,  somos também ungidos pelo mesmo Espírito para produzir frutos. Somos convidados, especialmente neste tempo favorável da Páscoa do Senhor a reassumir, com maior decisão e empenho nossa missão de cristãos: ir a luta com determinação para promover a vida onde ela se encontra ameaçada, desrespeitada e destruída como nos recorda o texto base da Campanha da Fraternidade deste ano  sobre o tráfico de seres humanos.

 

 

Caetano Thiene de Carvalho

Catequista da Crisma

Paróquia São Sebastião