sábado, 27 de setembro de 2014

Você já tentou dizer “sim” também às realidades que lhe desagradam?

Há coisas que não podemos mudar, mas sim podemos voltar a escolhê-las a cada manhã

O Evangelho nos fala da importância de ter alegria diante da vida, do lugar em que estamos, aprender a estar onde estamos, para o qual fomos chamados.

O Pe. José Kentenich dizia: “Quem quiser se manter firme no meio da tempestade da época e tornar-se forte como um carvalho, precisa unir indissoluvelmente as raízes da sua alma a Deus”. Aprender a ciar raízes onde Deus nos colocou. Unidos ao seu coração de Pai. Porque o vinhedo é o nosso lugar, nossa família, nossa terra, o trabalho que temos agora.

Muitas vezes encontro jovens que reclamam do seu emprego, dos seus horários, do pouco tempo que têm para fazer qualquer coisa. É verdade. Muitas vezes, não é fácil compaginar horários pouco humanos com uma vida familiar saudável. Trabalha-se muito e às vezes os horários não são os melhores, tampouco os salários.

Há jovens que sonham com um emprego ideal. Inclusive alguns o associam a um trabalho para a Igreja ou em uma ONG. Um emprego com sentido, um emprego que tenha transcendência, que deixe uma marca no mundo. Um emprego que permita fazer algo pelos outros. Entendo seu desânimo e tristeza em muitas ocasiões. Sei por que sofrem e os entendo.

Porém, muitas vezes também palpo imaturidade, incapacidade para ter a vida nas próprias mãos, com força, paixão, esperança. Ficamos tristes com o que temos, sonhando com o que não temos. É difícil aceitar a realidade em toda a sua beleza. De nós depende vive-la com alegria ou frustração.

Um desenho mostra um vagão de trem. Em uma janela, um homem olha para uma paisagem cheia de sol, luz, verde, montanhas. Viaja feliz, vendo o que Deus lhe deu. Outro, em outra janela, vê apenas uma paisagem nublada, sem luz, sem vida. De nós depende em que janela queremos ver o mundo.

Cada manhã, ao levantar-nos, fazemos a mesma escolha. Há coisas que não podemos mudar. São assim, assim nos foram dadas.

Mas sempre essas coisas que temos diante de nós, essas coisas que talvez gostaríamos de mudar, podemos voltar a escolhê-las novamente, cada manhã. Isso sim está em nossas mãos. Ficamos com elas. Dizemos “sim” a elas. Dizemos que as amamos, que são necessárias para a nossa felicidade.

Estou em minha família, em meu caminho vocacional, em meu trabalho, com as pessoas que Deus me confiou. Sou desse lugar no qual estou. Sou o que sou ali mesmo.

Que paz saber que há pessoas em nossa vida que estão aí, que não vão embora, que permanecem! São rochas sobre as quais construímos. Colunas da nossa vida. Depende de mim.

Posso ser rocha ou vento, coluna ou areia na praia. Posso permanecer ou ir embora, porque sempre posso decidir não estar e fugir. Posso optar por outro caminho.

Mas o mais difícil sempre é abraçar com alegria esse vinhedo que Deus me confia. Olhando pela janela certa. Descobrindo a beleza de tudo o que foi colocado em minhas mãos. Estando aí. Permanecendo, como Maria, como uma rocha.



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