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Dom Luciano,
servo de Deus e da alegria
Dom Luciano Mendes de Almeida soube
viver a alegria do evangelho como nos propõe o papa Francisco. Soube enxergar
em todas as ocasiões e momentos a oportunidade de viver a alegria do evangelho,
mas, sobretudo, de anunciar esta alegria aqueles que mais necessitavam: os mais
necessitados, os mais carentes, os mais pobres, os mais desprezados pela sociedade.
Dom Luciano soube viver a alegria do evangelho contornando sua vida pelos
preceitos da caridade, do amor ao próximo, do serviço, da doação, da disposição
em abrir mão de sua vontade para realizar a vontade de Deus. Soube ser sábio
sendo simples. Servidor sem ser submisso. Alegre sem ser faceiro. Comprometido
sem ser extremista. Pela palavra e pelo exemplo, dom Luciano deixou sua marca
no chão mineiro da Arquidiocese de Mariana.
Dom Luciano marcou o coração de inúmeras
pessoas, marcou porque todos nós precisamos de exemplos e de bons exemplos.
Precisamos ser radicais em nossas escolhas e ele viveu isso completamente em
sua vida! Celebrar mais um ano do “dies natalis” (dia 27 de agosto, dia em que
faleceu) deste servo bom e fiel de Deus é oportunidade de resgatar em nossa
memória o grande bem que o arcebispo de Mariana realizou em favor da sociedade
brasileira e da igreja católica.
Agora como seu processo de beatificação
e canonização aberto, dom Luciano é servo de Deus, servo da caridade, do amor e
do próximo, servo do outro totalmente Outro, servo do outro totalmente Irmão.
Dom Luciano percorreu em todos os âmbitos, ambientes e realidades porque os santos
são aqueles que não se acomodam às situações, mas os que enxergam além.
Dom Luciano é símbolo, ícone de uma caridade,
de um cristianismo que cada dia mais precisamos resgatar em nossa vida. Os
relatos de pessoa que conviveram com dom Luciano são marcados por um senso de
humildade que transparecia em todas as suas ações, mas ao mesmo tempo de
grandeza nos pequenos gestos do arcebispo. No olhar, no encontro com alguém e
ver nele uma história, uma vida, um sonho. De em cada um perceber uma
experiência que não pode ser perdida. Por esta singeleza da ação, por esta
alteridade totalmente cristã, dom Luciano pode ser chamado o irmão do outro. Nem
amigo, nem colega, nem conhecido, mas irmão, que sentiu a dor, que se aproximou,
que viu, que sentiu e amou! A apóstolo do amor e da caridade mostra que só se é
possível viver o cristianismo amando, só se pode ser cristão despojando-se de
toda e qualquer vaidade!
Fonte: barbacenaonline.com.br
Geraldo Trindade
padre da
Arquidiocese de Mariana, atualmente vigário da
Paróquia de
Nossa Senhora de Fátima em Viçosa.
Mantém o blog: http://pensarparalelo.blogspot.com
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