Há
pouco tempo, o padre Mauro me fez um pedido que muito me alegrou. Ele me pediu
que eu partilhasse com vocês da Paróquia de São Sebastião um pouco sobre como é
essa etapa da formação salesiana que eu estou vivendo como noviço, aqui no
Noviciado Salesiano Imaculada Conceição, que se localiza na cidade de Curitiba-PR.
Primeiro
convido vocês a entenderem um pouco da formação salesiana. No meu caso que
quero ser Salesiano de Dom Bosco, a formação acontece da seguinte forma:
Aspirantado (1 ano), Pré-noviciado (1 ano), Noviciado (1 ano), Pós-noviciado ou
Filosofia (3 anos), Tirocínio ou anos pastorais (2 anos), Teologia (4 anos) e
no final acontece a ordenação Presbiteral. Durante todo esse período, existem
dois momentos que para nós, salesianos, são muito importantes: a Primeira Profissão Religiosa e a Profissão Perpétua. Esses dois
acontecimentos nos caracterizam como religiosos
salesianos consagrados a Deus, para o serviço da juventude pobre e necessitada.
Eu
estou na etapa chamada do Noviciado que é um tempo no qual, com a ajuda do meu
mestre de noviços, eu vou aprofundar as minhas motivações pessoais para ser Salesiano de Dom Bosco e orientar toda a
minha vida para me doar inteiramente a Deus no serviço aos jovens, segundo o
espírito de Dom Bosco. Com esta intenção eu vim para o Noviciado. Cheguei no
dia 1 de fevereiro de 2014 em Curitiba, vindo de Belo Horizonte. Fui muito bem
acolhido pelos que aqui já estavam. Viemos eu e mais dois jovens da
Inspetoria/região de Minas Gerais – os salesianos estão divididos no Brasil por
seis Regiões: Sul, São Paulo, Minas Gerais, Centro-oeste, Nordeste e Norte. Formamos
uma comunidade de 23 pessoas entre Salesianos e noviços de todo o Brasil, menos
do Nordeste, cujos membros são padre Gilberto (Mestre de noviços), padre
Volnei, padre Honório, padre Claudio, salesiano Lucimar e os noviços: 1 do Sul,
5 de São Paulo, 3 de Minas Gerias (sendo um capixaba), 6 do Centro-Oeste e 3 do
Norte. Uma curiosidade é que entre nós existem 4 indígenas, dois de etnia
xavante (Luiz e José Geraldo) do Mato Grosso, um de etnia tucana (Antônio) e um
de etnia dessana (Adelson) todos os dois do Amazonas.
Nestes
meses em que estou aqui, já conheci um pouco da realidade de Curitiba, das suas
regiões e a história pessoal de várias pessoas daqui para haver um maior
entrosamento. E neste tempo já me foi delegada as funções da casa e também
pastorais. Nossa rotina é de oração, de estudo, de lazer e de trabalho manual e
pastoral. Nas terças-feiras eu, com mais 5 noviços, trabalho no atendimento à
crianças e adolescentes numa obra social chamada PROVIM (Projeto Vida melhor),
numa comunidade de periferia chamada Parolim, localizada perto da Arena da
Baixada, aqui em Curitiba. Lá eu dou formação humana para crianças de 5 anos a
9 anos de idade. Aos domingos, eu, e mais dois noviços, assessoro um grupo de
jovens (J1: Jovens por um mundo melhor)
na nossa Paróquia Meninos Jesus de Praga, no bairro Lindóia.
E
neste contexto posso dizer que eu estou muito feliz
vivendo a minha vocação. Dificuldades e desafios existem e sempre existirão em
todo lugar, senão a vida seria muito fácil de ser vivida. Queria dizer a vocês
que estou gostando muito do sul do Brasil; já estou até tomando chimarrão e começando
a pegar um pouco do sotaque (risos). Porém, nunca esquecerei a minha origem,
Minas Gerais, a cidade de Barbacena, a Paroquia de São Sebastião e a casa dos
meus avós. Sempre que eu me lembro, ganho forças para seguir em frente, pois a
vida é uma eterna viajem de trem. E para começar a viajar, basta saber aonde
quer chegar.
Noviço Giovani do Carmo Júnior
Curitiba, maio de 2014
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