A Igreja Católica se
preocupa com as diferentes dimensões do ser humano. No Catecismo da Igreja
Católica (CIC), o texto base que nos traz a sua doutrina, temos que as pessoas
são corpo e espírito e sentem a necessidade de traduzir exteriormente seus
sentimentos. Por isso, é preciso rezar com todo o ser para dar à súplica todo o
poder possível. “O corpo do homem participa da dignidade da ‘imagem de Deus':
ele é corpo humano precisamente porque é animado pela alma espiritual e é a
pessoa inteira que está destinada a tornar-se, no Corpo de Cristo, o Templo do
Espírito” (CIC, 364). Sobre o assunto a Igreja se posiciona contrária às
práticas de desfavorecimento corporal, exortando como ilícito qualquer ato de
desprezo ao corpo. Para ela, o homem deve estimar e honrar seu corpo, porque é
criado por Deus e destinado à ressurreição no último dia.
Deus
criou-nos à sua imagem e semelhança, “insuflou nas suas narinas um hálito de
vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2,7), ou seja, o homem, a partir
da compreensão bíblica (desde o Antigo Testamento) é a prova da grandeza do
amor de Deus pela criação. “Não é, portanto, lícito ao homem
desprezar a vida corporal; ao contrário, deve estimar e honrar o seu corpo,
porque foi criado por Deus e destinado à ressurreição no último dia” (GS 14,1).
É sempre importante destacar que o espírito e o corpo humanos fazem parte da
mesma natureza, são inseparáveis. Daí vem, pois, a importância do cuidado com o
corpo, a partir do momento em que tomamos consciência da dignidade que temos
perante a Deus, fundamentada pela criação.
O
homem, contudo, é dotado de total liberdade em relação às suas ações. Assim,
Deus permite que escolhamos, nas diversas situações de nossa vida, aquilo que
devemos fazer. E isso não é diferente com relação a nosso corpo. Deus também
nos dá os dons da iniciativa e do domínio de nossos atos. Assim, devemos sempre
olhar criticamente para nossas atitudes – inclusive para nossas escolhas
inerentes a nosso corpo – em busca de estarmos cada vez mais em comunhão com a
vontade do Criador: “o que fizeste?” (Gn 3, 13).
“A vida e a saúde
são bens preciosos doados por Deus” (CIC, 2288) e os cuidados com o bem estar
da população devem ser sempre o “carro-chefe” de nossos governantes. Alimento, roupa, moradia, cuidado da saúde, ensino básico,
emprego, assistência social são algumas das coisas básicas para que toda pessoa
tenha o mínimo de conforto para executar normalmente suas atividades. É de
grande importância olhar com olhos bastante desconfiados para o culto
extremista do corpo que tem surgido nos últimos anos, idolatrando a perfeição
física a todo custo e conduzindo a uma perversão das relações inter-humanas. “A
virtude da temperança manda evitar toda espécie de exceção, o abuso da comida,
do álcool, do fumo e dos medicamentos” (CIC, 2290); “o uso da droga causa
gravíssimos danos à saúde e à vida humana” (CIC, 2291).
Assim, podemos ter
uma melhor concepção a respeito daquilo que muitas vezes nos parece
irrelevante. Saúde e bem-estar são, sim, virtudes que Deus nos deu desde nossa
criação e temos a obrigação de cuidarmos sempre para que, a cada vez mais,
estejamos em comunhão com a vontade do Pai e dignos de seu Reino. “Acaso não
sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês,
que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos? Vocês foram
comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo”
(1Cor 6, 19-20).
Seminaristas:
Antônio José da Silva Filho
Fabrício Lopes Fernandes
Isaac Ronald Félix de Paula
José Mário Santana Barbosa
Kesner Juneo Martins Cândido
Disciplina de Educação Física
Profª. Débora Ireno Dias
Seminário Arquidiocesano São José
Comunidade do Propedêutico
Barbacena, 17/06/2015
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