Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo de Guarabira (PB)
Bispo de Guarabira (PB)
Celebramos a festa dos Apóstolos Pedro e
Paulo (28.06.2015) que muito tem marcado a Igreja, especialmente pelo
testemunho de fidelidade a Cristo. Mortos na perseguição de Nero pelo
ano 64. Através destes dois apóstolos a Igreja celebra sua
apostolicidade: Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
A Igreja não pode ser fundada por
ninguém, a não ser pelo próprio Senhor, que a estabeleceu sobre o
testemunho daqueles Doze primeiros que ele mesmo escolheu. Seu alicerce,
sua origem, seu fundamento são o ministério e a pregação apostólicas
que, na força do Espírito Santo, deverão perdurar até o fim dos tempos,
graças à sucessão apostólica dos Bispos católicos, transmitida na
Consagração episcopal. Dizer que nossa fé é apostólica significa crer
firmemente que a fé não pode ser inventada nem tampouco deixada às modas
de cada época. Não somos nós, mas o Cristo no Espírito Santo, quem
pastoreia e santifica a Igreja.
Apóstolo não é somente aquele que
anuncia Jesus, mas, sobretudo, aquele que, escolhido pelo Senhor, com
ele conviveu, nele viveu e, por ele, entregou sua vida. Os apóstolos
testemunharam Jesus não somente com a palavra, mas também com o modo de
viver e com a própria morte. Por isso mesmo, seu martírio é uma festa
para a Igreja, pois é o selo de tudo quanto anunciaram. O próprio São
Paulo reconhecia: “Não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o
Senhor. Trazemos, porém, este tesouro em vasos de argila, para que esse
incomparável poder seja de Deus e não nosso” (2Cor 4,5.7).
Jesus fundamenta sua Igreja sobre a fé
de Pedro. Mesmo a ação missionária de Paulo submete-se à autoridade de
Pedro. Em Pedro e Paulo reflete-se a Igreja de Cristo. Uma Igreja que
imita a Cristo (At 12,1-11). Uma Igreja que dá testemunho de Cristo.
Iluminados pela Palavra de Deus, somos
motivados a imitar os exemplos que Pedro e Paulo nos deixaram. Eles não
foram cristãos apenas por palavras, mas pelo testemunho corajoso até à
morte.
Quando Pedro se encontrava na prisão,
por anunciar o Evangelho, não lhe faltaram a oração da Igreja e o
auxílio do Senhor naquela situação tão difícil (cf. At 12,5). A
solidariedade por meio da oração é uma atitude a ser sempre cultivada em
nossas comunidades. Não pode faltar apoio fraterno aos que sofrem
perseguições por causa da fé em Cristo e da participação na Igreja.
Paulo, também perseguido e preso por causa da pregação do Evangelho,
ressalta a sua serenidade e confiança em Deus: “o Senhor esteve a meu
lado e me deu forças” (2Tm 4,17).
O testemunho dos Apóstolos continua a
ecoar na Igreja, nos estimulando a repetir, com os lábios, o coração e a
vida, a profissão de fé de Pedro diante de Jesus: “Tu és o Messias, o
Filho de Deus vivo” (Mt 16,16). É feliz quem professa esta mesma fé,
pela graça de Deus, especialmente nos momentos mais difíceis da vida.
Fazemos isso, em profunda comunhão com o sucessor do Apóstolo Pedro,
comemorando nesta festa o Dia do Papa. A palavra de Jesus dirigida a
Pedro fundamenta a missão exercida na Igreja, por ele e seus sucessores:
“Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e o poder do
inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,19).
Rezemos pelo Papa Francisco, seguindo o
exemplo da Igreja nascente que estava unida ao apóstolo Pedro em oração.
O Senhor, nosso Deus, que o escolheu para o Episcopado na Igreja de
Roma, o conserve são e salvo à frente da sua Igreja confirmando os
irmãos e irmãs.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
SEJA BEM-VINDO, SEU COMENTARIO É UM CARINHO DE DEUS PARA NÓS, E NOS DARA MOTIVAÇÃO PARA CONTINUARMOS COM NOSSA MISSÃO. OBRIGADO POR SEU ELOGIO OU CRITICA. PAZ BEM