Ao final da Celebração Eucarística de ontem, 6, na qual foi empossado, Cônego Tarcísio, ao dirigir-nos suas primeiras palavras, enfatizou o seu desejo continuar os trabalhos pastorais da Paróquia São Sebastião, na ótica de uma Igreja Missionária, enraizada no contexto eclesial da América Latina, à luz do Vaticano II.
Segue, abaixo, uma síntese do discurso de posse do Cônego Tarcísio:
Caros
Paroquianos,
Sinto-me feliz e agradecido a Deus pela bela oportunidade de
estar com vocês, nesta Paróquia de São Sebastião. Feliz, pois realizo um grande
sonho de poder retomar minhas atividades pastorais à frente de uma Paróquia;
agradecido porque é o sopro de Deus que vai nos conduzindo e nos mostrando,
neste discernimento diário, como melhor servir.
Estou aqui com este objetivo: [...] caminhar junto com este
povo de Deus, aprendendo e ensinando, criando comunhão e ajudando a todos a
serem protagonistas na construção do Reino de Deus entre nós.
Quero caminhar na trilha do Concílio Vaticano II – assumida e
contextualizada, na América Latina, pelas Assembleias de Medellín, Puebla,
Santo Domingo e Aparecida – e assumir a sua marca [...] da eclesiologia de
comunhão. Nessa esteira, Medellín procurou acentuar a dimensão comunitária na
organização da Igreja. A Igreja, organizada em forma de paróquia ou de pequenas
comunidades, deve oferecer um espaço para o desenvolvimento de relações
intersubjetivas: proximidade, conhecimento, amizade, fraternidade, luta em
comum.
[...] os leigos não são apenas destinatários da missão da
Igreja; são também sujeitos eclesiais, responsáveis pela vida eclesial. Mesmo
onde não é possível a presença direta do bispo e do presbítero, deve haver uma
vida eclesial, sobretudo, orante e evangelizadora, coordenada pelos ministérios
não ordenados.
Igreja evangelizadora é, ao mesmo tempo, militante e
profética. Ela procura estar atenta à realidade, à organização da sociedade
para anunciar a Boa-Nova, denunciar o pecado e suas consequências no plano
individual e social, em vista da conversão e da salvação [...].
A Igreja é a comunidade dos discípulos de Jesus. E a
finalidade do discipulado é a missão. A primeira coisa que Jesus faz, quando
inicia o seu ministério na Galileia, é reunir discípulos [...], não para
servi-Lo, mas para prepará-los para a missão. Os evangelhos terminam com Jesus
enviando seus discípulos em missão; assim, a Igreja, comunidade de discípulos,
é a continuadora de sua missão na terra.
A missão jamais se inicia da estaca zero. O primeiro
missionário é o Espírito Santo. Ele chega antes de qualquer missionário humano
para preparar o terreno e nele espargir as sementes do Verbo. Sementes do Verbo
são aqueles valores evangélicos semeados na cultura e na vida dos povos: desejo
de justiça, de paz, de fraternidade, sede de Deus, anseio misterioso de
encontrar Alguém que seja, de fato, Caminho, Verdade e Vida. É neste terreno
preparado pelo orvalho divino, derramado pelo Espírito, que o missionário lança
a semente da Palavra de Deus [...].
Finalizando minhas palavras, convoco a todos a fazermos este
caminho de construção do Reino, como Igrejas vivas do Senhor, semeando a
Palavra e nos configurando à pessoa de Jesus. Em comunhão e Missão, nosso
desafio é sermos Bons Samaritanos, debruçados sobre a humanidade ferida,
zelosos e compadecidos, misericordiosos e justos, como servidores do Reino. Não
é distinção e nem honraria. É serviço; é ministério que a igreja confia a
todos: leigos e leigas, ordenados ou não, para que, entre nós, reine a Paz e o
Bem! Amém!
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