Na homilia de domingo, Cônego Tarcísio refletiu sobre a importância da partilha através do Dízimo. Porém, a reflexão não se resumiu à parte "financeira", como muitas vezes pensamos que o Dízimo é: falou sobre a partilha do que somos, dos dons que temos e do quanto de nós mesmos podemos oferecer à comunidade de fé onde estamos inseridos.
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DÍZIMO: UM CAMINHO DE ESPIRITUALIDADE
Côn. Tarcísio Sebastião Moreira
O Dízimo é um maravilhoso caminho
de espiritualidade, ou seja, um dos meios de estreitamento da nossa relação com
Deus. Leiam o que nos diz o profeta Malaquias, no capítulo três, versículo dez:
“Trazei, pois, o dízimo para a casa do Senhor, para que haja alimento em minha
casa; depois, então, vereis se não vos abrirei os reservatórios do céu e se não
derramarei sobre vós as minhas bênçãos muito além do que precisais”. Nesta
palavra, o Senhor nos convida a fazermos uma experiência com Ele, por meio do
dízimo, nos chama para abrirmos o coração e sermos generosos em nossa oferta,
pois Ele nos cumulará de todas as bênçãos e graças que precisamos. É uma
promessa divina a ser cumprida na vida daqueles que acolherem a sua palavra. Deus
promete, por meio do profeta, a abrir as portas do céu e a derramar suas
bênçãos sobre aqueles que estiverem com o coração aberto para estar com Ele na
partilha de seus bens.
Vocês acreditam nesta possibilidade?
Experimentem e vejam as maravilhas que acontecerão em suas vidas. O quanto
prosperará os seus negócios. O coração aberto para doar está muito mais
preparado para receber. Já um coração ensimesmado, orgulhoso e apegado, não tem
espaço para Deus agir e morre agarrado ao que tem. Fazer a oferta do dízimo,
mensalmente, é como semear prosperidade. Nós colheremos prosperidade. Portanto,
a experiência do dízimo nos liberta do egoísmo, nos liberta da avareza e nos
faz filhos livres na promoção da partilha e da solidariedade. Isto significa viver
em Deus e com os irmãos, na comunidade de fé.
Mas, quanto devemos ofertar? Leiam
a palavra de São Paulo na Segunda Carta aos Coríntios, capítulo nove,
versículos de seis a oito: “Convém lembrar: aquele que semeia pouco, pouco
colherá. Aquele que semeia em abundância, em abundância colherá. Dê cada um
conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o
que dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda espécie de
benefícios, para que tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre
ainda muito para toda espécie de boas obras.”.
Vejam que maravilha: a
porcentagem do dízimo é determinada pela intensidade da abertura do coração,
quanto mais generosa a nossa oferta, mais atrairemos as bênçãos de Deus. Cada
um sabe o tanto que deve agradecer a Deus, cada um sabe a importância que Deus
tem na sua vida. Por isso dizemos que o dízimo é expressão de fé, é gratidão a
Deus, porque reconhecemos a generosidade Dele em nossa vida, o quanto Ele nos
tem abençoado, o quanto Ele tem sido fiel na sua promessa.
Agora, permitam-me dizer: se o
dízimo é um caminho de espiritualidade que estreita nossa relação com Deus, a
nossa oferta não pode ser somente uma quantia em dinheiro. Deus quer mais de todos
nós: Ele quer o dízimo do que temos e o dízimo do que somos. Fazer a oferta do
dízimo do que temos é separar, da nossa receita mensal, o que o nosso coração
pede para ofertar. Isto é relativamente simples de se fazer, mas Deus quer
mais! Ele quer também o dízimo do que somos, ou seja, o dízimo dos nossos dons,
dízimo dos nossos talentos e capacidades, o dízimo do nosso tempo, etc. Mas
como ofertar o que somos? Abraçando as pastorais e movimentos da nossa Igreja,
em nossa comunidade. Sou músico? Vou para a Equipe de animação das celebrações;
Gosto de trabalhar com as crianças? Vou ser catequista; Prefiro a Pastoral
Familiar? A Comunicação? A Liturgia? Quero ser Ministro? Venham participar,
venham ser Igreja.
Se todos os católicos, que
frequentam as missas nos fins de semana, oferecessem o dízimo do que tem e o
dízimo do que é, nós teríamos uma Igreja mais viva e mais dinâmica, mais animada
e acolhedora, mais participativa e misericordiosa. Ninguém ficaria olhando no
relógio, ansioso, para a missa terminar e nem sairiam da Igreja antes da bênção
final, pois estariam extasiados com uma verdadeira experiência de encontro com
o Deus da vida.
Querem ver suas vidas
transformadas da água para o vinho? Venham, façam uma experiência Comigo, diz o
Senhor, e verão se não abro as comportas do céu e não inundo as suas vidas com
a minha presença! Assim seja! Amém!
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