sexta-feira, 22 de maio de 2015

DÍZIMO: UM CAMINHO DE ESPIRITUALIDADE

Na homilia de domingo, Cônego Tarcísio refletiu sobre a importância da partilha através do Dízimo. Porém, a reflexão não se resumiu à parte "financeira", como muitas vezes pensamos que o Dízimo é: falou sobre a partilha do que somos, dos dons que temos e do quanto de nós mesmos podemos oferecer à comunidade de fé onde estamos inseridos. 

reprodução Internet
Numa época em que todas as pastorais e movimentos de nossa paróquia carecem de pessoas que se coloquem "à caminho", vale a reflexão: 

DÍZIMO: UM CAMINHO DE ESPIRITUALIDADE
Côn. Tarcísio Sebastião Moreira

O Dízimo é um maravilhoso caminho de espiritualidade, ou seja, um dos meios de estreitamento da nossa relação com Deus. Leiam o que nos diz o profeta Malaquias, no capítulo três, versículo dez: “Trazei, pois, o dízimo para a casa do Senhor, para que haja alimento em minha casa; depois, então, vereis se não vos abrirei os reservatórios do céu e se não derramarei sobre vós as minhas bênçãos muito além do que precisais”. Nesta palavra, o Senhor nos convida a fazermos uma experiência com Ele, por meio do dízimo, nos chama para abrirmos o coração e sermos generosos em nossa oferta, pois Ele nos cumulará de todas as bênçãos e graças que precisamos. É uma promessa divina a ser cumprida na vida daqueles que acolherem a sua palavra. Deus promete, por meio do profeta, a abrir as portas do céu e a derramar suas bênçãos sobre aqueles que estiverem com o coração aberto para estar com Ele na partilha de seus bens. 

Vocês acreditam nesta possibilidade? Experimentem e vejam as maravilhas que acontecerão em suas vidas. O quanto prosperará os seus negócios. O coração aberto para doar está muito mais preparado para receber. Já um coração ensimesmado, orgulhoso e apegado, não tem espaço para Deus agir e morre agarrado ao que tem. Fazer a oferta do dízimo, mensalmente, é como semear prosperidade. Nós colheremos prosperidade. Portanto, a experiência do dízimo nos liberta do egoísmo, nos liberta da avareza e nos faz filhos livres na promoção da partilha e da solidariedade. Isto significa viver em Deus e com os irmãos, na comunidade de fé.

Mas, quanto devemos ofertar? Leiam a palavra de São Paulo na Segunda Carta aos Coríntios, capítulo nove, versículos de seis a oito: “Convém lembrar: aquele que semeia pouco, pouco colherá. Aquele que semeia em abundância, em abundância colherá. Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda espécie de benefícios, para que tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda espécie de boas obras.”. 

Vejam que maravilha: a porcentagem do dízimo é determinada pela intensidade da abertura do coração, quanto mais generosa a nossa oferta, mais atrairemos as bênçãos de Deus. Cada um sabe o tanto que deve agradecer a Deus, cada um sabe a importância que Deus tem na sua vida. Por isso dizemos que o dízimo é expressão de fé, é gratidão a Deus, porque reconhecemos a generosidade Dele em nossa vida, o quanto Ele nos tem abençoado, o quanto Ele tem sido fiel na sua promessa.

Agora, permitam-me dizer: se o dízimo é um caminho de espiritualidade que estreita nossa relação com Deus, a nossa oferta não pode ser somente uma quantia em dinheiro. Deus quer mais de todos nós: Ele quer o dízimo do que temos e o dízimo do que somos. Fazer a oferta do dízimo do que temos é separar, da nossa receita mensal, o que o nosso coração pede para ofertar. Isto é relativamente simples de se fazer, mas Deus quer mais! Ele quer também o dízimo do que somos, ou seja, o dízimo dos nossos dons, dízimo dos nossos talentos e capacidades, o dízimo do nosso tempo, etc. Mas como ofertar o que somos? Abraçando as pastorais e movimentos da nossa Igreja, em nossa comunidade. Sou músico? Vou para a Equipe de animação das celebrações; Gosto de trabalhar com as crianças? Vou ser catequista; Prefiro a Pastoral Familiar? A Comunicação? A Liturgia? Quero ser Ministro? Venham participar, venham ser Igreja.

Se todos os católicos, que frequentam as missas nos fins de semana, oferecessem o dízimo do que tem e o dízimo do que é, nós teríamos uma Igreja mais viva e mais dinâmica, mais animada e acolhedora, mais participativa e misericordiosa. Ninguém ficaria olhando no relógio, ansioso, para a missa terminar e nem sairiam da Igreja antes da bênção final, pois estariam extasiados com uma verdadeira experiência de encontro com o Deus da vida. 

Querem ver suas vidas transformadas da água para o vinho? Venham, façam uma experiência Comigo, diz o Senhor, e verão se não abro as comportas do céu e não inundo as suas vidas com a minha presença! Assim seja! Amém!

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