Casamento: o amor pode morrer?
O amor é como uma planta: se você não regar...
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Arquivo pessoal/DID |
Prof. Felipe Aquino
Se uma planta ficar sem água, adubo e sol, morre. Da mesma forma o amor de um casal. Muitos se esquecem de cuidar do amor conjugal; e por isso, a vida matrimonial cai numa triste monotonia que
às vezes termina em separação. A planta do amor precisa ser regada
diariamente: uma palavra de carinho a cada dia de um para o outro; não
precisa ser poesia bonita ou música romântica, basta ser um simples
elogio.
Os terapeutas conjugais dizem que a displicência com os
estranhos pode ser até tolerada, mas não com o cônjuge; afinal foi ele
ou ela que você escolheu para ser “seu amor”, “seu bem”. Às vezes
tratamos com toda delicadeza e carinho a secretária, os clientes, o
chefe, mas não o marido ou a esposa; é uma incoerência brutal. Que tal um jantar fora, um sorvete na praça, uma caminhada no bosque, uma visita ao shopping, uma missa na igreja?…
Os terapeutas pedem que marido e mulher não gritem um com ou outro,
pois gritar ofende, machuca, fere a alma e nada resolve. Se gritar
resolvesse o porco não morreria na mão do açougueiro. Não use a razão da
força, mas a força da razão. Não desenterre os erros do passado do
outro, quando você está com raiva dele; isso seria o mesmo que pisotear a
planta do amor. Quando um estiver irritado e nervoso,
que o outro – por amor, não por covardia – se mantenha calmo, para
salvar a paz. Evitem as discussões, aprendam a dialogar, que é bem diferente.
Muito cuidado ao chamar a atenção do outro; ninguém gosta de ser
corrigido, dói no ego. Só faça isso se for inevitável; e nunca na frente
dos outros; e muito cuidado com as palavras que usa, elas ferem mais
que uma espada afiada. Que tal lembrar ao outro uma qualidade dele,
antes de apontar um erro; funciona como um anestésico antes do corte.
É só na privacidade do quarto que o casal deve se corrigir. Jamais
dormirem brigados, senão o dia seguinte amanhecerá azedo. Quando você
cometer um erro, seja honesto e coerente, entenda que não há outra saída
nobre senão aceitar o erro e pedir perdão. A humildade derruba muros de separação. E, sobretudo, entenda que “quando um não quer, dois não brigam”. Ame seu casamento,
seu lar, seus filhos, cuide deles. Cuide da planta do amor. E não se
esqueça que foi Deus quem os uniu sob um juramento de amor e de
fidelidade.
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