Ás vésperas de completar o primeiro ano da JMJ RIO 2013, o site jovensconectados.org.br publica um estudo sobre a violência que assola a juventude brasileira. Vale a pena ler, refletir e decidir sobre ações voltadas para os jovens, a fim de que essa violência diminua e que a vida seja vivida em plenitude. Segue a notícia:
O sofrimento das famílias brasileiras aumentou, e muito, pelos jovens. Eles foram as maiores vítimas dos casos de violência no país. A maioria, 53,4%, entre 15 e 19 anos. Em 2012, as
taxas de homicídios (segunda maior causa de mortalidade – veja gráfico)
foram maiores em Alagoas (138,3), no Espírito Santo (101,7) e no Ceará
(94,6), todos os números para cada 100 mil habitantes. A violência
contra os negros aumentou, de 2002 a 2012, 38,7%. Entre os brancos, no
conjunto da população, o número de vítimas diminui de 19.846 para 14.928
na década.
Além da dor, o sentimento dos pais que perdem os filhos é de agonia. É
o que conta o pai de uma vítima de um acidente de trânsito que ocorreu
entre Alexânia (GO) e Brasília (DF), em dezembro de 2013. “A gente sente
uma falta tremenda; acorda no meio da noite chorando, não vê motivos
pra viver”, lembra. O filho único faz parte das estatísticas das mortes
nas vias do país. O trânsito, grande vilão principalmente para quem vive
sobre duas rodas, deixou mais vítimas em Rondônia – 47,2 mortes para
cada 100 mil habitantes. Em seguida, vêm os estados do Piauí (46,7) e
Paraná (44,6).
De
mais de cem países analisados, o Brasil é o sétimo mais violento. 20
dos 27 estados brasileiros tiveram aumento dos casos. Os estados com
maior número de homicídios são Maranhão, Ceará, Paraíba, Pará, Amazonas,
Rio Grande do Norte e Bahia. Na série histórica, o suicídio de jovens
tem aumentado e bate recorde no rio Grande do Sul, em Santa Catarina,
Mato Grosso do Sul e Roraima.
Na opinião de Nataly Roholl, advogada, membro da Comissão de Relações
Internacionais da OAB-DF, a melhora das estatísticas deve partir do
governo e da sociedade. “O que pode mudar o cenário são campanhas de
conscientização, maior efetividade na legislação cível e penal e,
sobretudo, uma resposta à sociedade de que, se crimes são cometidos, os
culpados serão punidos”, analisa.
Um dado que chama a atenção é que, em cidades do interior, a
violência tem aumentado. Segundo os organizadores da pesquisa, o
desenvolvimento econômico de alguns municípios atraiu, também, a
criminalidade. De acordo com o estudo, nos grandes centros urbanos, o
investimento em políticas públicas tem aumentado, diferentemente de
outras cidades de pequeno porte.
Por Felipe Rodrigues
Fonte da notícia: http://www.jovensconectados.org.br/jovens-sao-maiores-vitimas-da-violencia-no-brasil.html
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