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Acabou! Estou aqui de novo, após
quatro anos, falando de mais uma derrota da seleção brasileira. Há quatro anos,
eu falava que tínhamos perdido, mas que a vida continuava, que precisávamos
voltar a atenção para os problemas sociais e afins que temos para resolver e
que vão muito além de uma copa FIFA.
Mudou alguma coisa? Acredito que
pouca coisa. Há um ano nossas ruas pipocavam de protestos (refiro-me aos
pacíficos) por dias melhores, por condições melhores de
vida/trabalho/saúde/educação. E o que melhorou?
A auto-estima do brasileiro
melhorou! Aos poucos, à medida que a seleção canarinho ia avançando no mundial,
à medida que a mídia – sempre ela – mostrava um País lotado de turistas se
divertindo, sendo bem acolhidos pelos brasileiros e nos elogiando, íamos nos
deixando levar e contagiar pelo futebol. Algumas das incertezas e quase todas
as certezas negativas a respeito da realização do mundial no Brasil foram por
água abaixo e o que se viu e ainda se vê é um povo feliz. Somos felizes! Da
mesma forma que a seleção brasileira, felizes! Quem viu a seleção chegar ao
Mineirão? Batucada, pagode, risos, alegria. Auto-confiança!
E aí o inesperado aconteceu! A
disciplina alemã falou mais alto, a frieza certa na hora certa, o jeito sério e
educado de ser, aliado à técnica e à forma como se prepararam fisicamente para
este mundial fez com que nossa alegria virasse uma imensa humilhação
futibolística. E a humilhação veio não por conta da derrota, mas pela forma
como aconteceu a derrota, sem tentar vencer!
Que o episódio da derrota para a
Alemanha nos ajude a refletir sobre como temos nos preparado para as grandes
decisões, para os momentos importantes e aqueles imperceptíveis de nossa vida.
Auto-confiantes demais? Com disciplina, educação e técnica? Aliando
auto-confiança com disciplina? Não importa se perdermos, mas importa se
perdermos sem ao menos tentar vencer a batalha. E para isso precisa-se de
técnica, estudo, educação, saúde, informação, auto-estima, alegria e todos os
demais ingredientes para que, a cada
dia, sejamos um povo além de batalhador, vencedor.
“Mostra a tua força, Brasil”,
porque o segundo tempo está apenas começando. E este não vale uma taça
simplesmente, e sim uma vida melhor para cada brasileiro!
Débora Ireno Dias
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