Madre Paulina (1865-1942) foi uma religiosa ítalo-brasileira.
Primeira santa brasileira, foi canonizada em 2002, recebendo o nome de
Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Foi beatificada pelo papa
João Paulo II, quando de sua visita à Florianópolis, Santa Catarina.
Madre Paulina (1865-1942) nasceu no dia 16 de dezembro em Vígolo
Vattaro, Trento na Itália. Filha de Antonio Napoleone Visintainer e Anna
Pianezer. Com apenas 10 anos emigrou com seus pais e irmãos para o
Brasil, se estabelecendo em Santa Catarina. Vários padres italianos já
estavam na região, integrantes da Companhia de Jesus. Várias vilas foram
surgindo com nomes das cidades italianas, como Nova Trento, Vigolo,
Bezenello, Valsugana, entre outras. Em 1887 ficou órfã de mãe e cuidou
da família até seu pai casar novamente.
Madre Paulina participou da vida paroquial na Capela de Nova Trento e
foi encarregada de dar aulas de catecismo para as crianças. Dedicava
parte do seu tempo para cuidar de pessoas enfermas. Em 12 de julho 1890,
já formava um grupo que lhe ajudava a cumprir essa missão. Com a
aprovação do Bispo de Curitiba, D. José de Camargo Barros, a congregação
recebeu o nome de Filhas da Imaculada Conceição. Essa data é
considerada como o dia da fundação da obra de Madre paulina.
Em dezembro do mesmo ano fizeram os votos religiosos e Amabile Lucia
Visintainer, recebeu o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de
Jesus. O Instituto começou na extrema pobreza, as primeiras Irmãs, além
do cuidado dos doentes, dos órfãos e dos trabalhos da paróquia, para
sobreviver deveriam trabalhar na roça e na pequena indústria de seda,
muito conhecida, segundo a tradição trentinas.
Em 1903 foi eleita Superiora Geral. Depois da fundação das Casas de
Nova Trento e Vígolo, vai trabalhar em São Paulo, seguindo o conselho do
padre Luigi Maria Rossi, que era Pároco de Nova Trento desde 1895 e
naquele ano nomeado Superior da Residência de São Paulo. Pouco tempo
depois, na colina do Ipiranga junto a uma Capela ali existente, iniciou a
obra da “Sagrada Família” para abrigar os filhos de ex-escravo, órfãos e
velhos.
De 1909 deixa o cargo de Superiora Geral e passa a viver na casa por
ela fundada em Bragança Paulista. Foram 9 anos difíceis. Em 1918, Madre
Paulina foi chamada à Casa Geral em São Paulo, com pleno reconhecimento
de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da
Congregação, que desde 1909 assumira o nome de “Irmãzinhas da Imaculada
Conceição”. Viveu 33 anos como simples religiosa.
Amábile Lucia Visintainer morreu no dia 9 de julho de 1942, na Casa
Geral, em São Paulo. Em sua homenagem foi erguido o Santuário de Santa
Paulina, em Vígolo, Nova Trento, Santa Catarina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
SEJA BEM-VINDO, SEU COMENTARIO É UM CARINHO DE DEUS PARA NÓS, E NOS DARA MOTIVAÇÃO PARA CONTINUARMOS COM NOSSA MISSÃO. OBRIGADO POR SEU ELOGIO OU CRITICA. PAZ BEM